Conforme a guitarra e a bateria começam a marcar o início do álbum com o seu tema título, sente-se logo que vem aí algo inesperado, para quem ouviu o último lançamento, "There Is Light (But It's Not For Me)" de 2011. Explode um death metal poderoso nas colunas com uma produção que ajuda em muito a esse factor (cortesia de Tue Madsen), e uma assinalável vertente melódica sem cair nos facilitismos do Metalcore. É um balanço difícil de atingir e manter mas que os Illdisposed conseguem atingir com mestria. Basta ouvir a melodia de "Eyes Popping Out" e de "Too Blind To See", que funcionam como autênticos refrãos ou o groove de "Time To Dominate", tudo isto com muito peso sempre presente.
Sendo já uma instituição no que diz respeito ao death metal na Dinamarca (e no metal em geral), com "Sense The Darkness" a atingir a impressionante marca de doze álbuns de originais, é bom ver (e sobretudo ouvir) que a vitalidade criativa continua presente no quinteto, que estreia aqui um novo guitarrista, Smukke Ken (que também toca nos Crocell).
O que mais se nota em relação ao álbum anterior, é a concentração na fórmula mais genérica e simples de death metal, já que o álbum anterior, incorporava muitos elementes electrónicos, que aqui desaparecem por completo. Se aqueles que gostaram do experimentalismo anterior vão ficar descontentes com esta direcção, é quase um dado adquirido, mas a verdade é que este risco (as pessoas atrás provavelmente vão referir mais como jogar pelo seguro) é compensado pelo resultado final. Um excelente álbum de death metal, moderno, mas sem seguir a moda (agora decadente) do metalcore e que tem argumentos para se afirmar perante as muitas (e boas) alternativas lançadas mensalmente.
De referir que a edição digipack vem com dois temas bónus que se enquadram bem no álbum. Especialmente a "War", que deveria mesmo fazer parte do álbum, um grande tema.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Sendo já uma instituição no que diz respeito ao death metal na Dinamarca (e no metal em geral), com "Sense The Darkness" a atingir a impressionante marca de doze álbuns de originais, é bom ver (e sobretudo ouvir) que a vitalidade criativa continua presente no quinteto, que estreia aqui um novo guitarrista, Smukke Ken (que também toca nos Crocell).
O que mais se nota em relação ao álbum anterior, é a concentração na fórmula mais genérica e simples de death metal, já que o álbum anterior, incorporava muitos elementes electrónicos, que aqui desaparecem por completo. Se aqueles que gostaram do experimentalismo anterior vão ficar descontentes com esta direcção, é quase um dado adquirido, mas a verdade é que este risco (as pessoas atrás provavelmente vão referir mais como jogar pelo seguro) é compensado pelo resultado final. Um excelente álbum de death metal, moderno, mas sem seguir a moda (agora decadente) do metalcore e que tem argumentos para se afirmar perante as muitas (e boas) alternativas lançadas mensalmente.
De referir que a edição digipack vem com dois temas bónus que se enquadram bem no álbum. Especialmente a "War", que deveria mesmo fazer parte do álbum, um grande tema.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
