Quero também referir que não vou mencionar as polémicas em torno do ex-vocalista e vou apenas focar-me na excelente música criada por esta excelente banda.
Este novo capítulo na saga dos escoceses começa com uma intro digna de um filme de fantasia, que se estende até ao primeiro toque do teclado de Zargothrax na segunda faixa, que nos dá as boas vindas aquele que será um álbum que volta a trazer os Gloryhammer ao seu típico som, que se tinha perdido um pouco no single precedente a este full-length. Reparamos logo que a voz do novo vocalista é mais suave mas resulta. É uma música recheada de epicidade. Este tema mostra de imediato que este álbum vai ser praticamente uma composição clássica. Algo que se deve destacar são os seus solos que relembram os de Symphony X.
A terceira e a quarta track, são mais pesadas, sendo uma mais a descair para um som sinfónico e a seguinte com um main riff com tons industriais. Ambas resultam perfeitamente e mostram que a banda consegue experimentar sem fugir ao seu habitual.
Quanto á faixa 5, é para mim a mais fraca do álbum, porém não pode ser chamada de fraca. É sem dúvida uma grande música, com um coro brutal para ser entoado ao vivo. Apenas acho que é a que menos se destaca neste lançamento brilhante.
"Vorpal Laserblaster of Pittenweem" é um hino de power metal épico e musicalmente incrível. A forma como a melodia vocal é criada sobre uma estrutura clássica é simplesmente linda. Não há mais forma nenhuma de descrever o que esta música é.
Perto do fim, na penúltima obra, temos para mim o auge, o pico, o brilhantismo deste álbum. Um tema típico de Gloryhammer que não tem muito a ser comentado, é aquilo que todos os "hits" deste grupo são. Divertidos, animados, explosões de energia guerreira. São faixas como esta que definem a potência que é esta banda. “Keeper of The Celestial Flame Of Abernethy” veio acompanhada de um videoclipe que assim como o tema, é espetacular.
O álbum acaba com 12 minutos de história a ser contada, a terminar mais um capítulo na saga que é a lore dos Gloryhammer. Esta dúzia de minutos conta com riffs mais acelerados, com momentos puros de power, com emoções alegres, com vontade de guerra, com momentos dark, mas a cima de tudo com uma combinação de musicalidade capaz de criar uma atmosfera cinematográfica dentro de uma música. São mais de 10 minutos que não cansam, não fartam e dão vontade de lutar por Dundee e por Fife. É um desfecho bestial para um álbum bestial.
Pela eterna glória de Dundee!
Nota: 9/10
Review por Duarte Bernardo
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