Parece mentira, mas sempre que se fala nos últimos tempos em death metal brutal, há-de aparecer o termo deathcore pelo caminho. De tal forma, que assim que surge o trabalho de uma banda de death metal técnico e brutal, é coisa para confundir o menos preparado ao não encontrar o malfadado deathcore em lado nenhum. Para já, essa é já uma razão para se gostar do novo álbum dos Lecherous Nocturne.
Ao terceiro álbum, e após uns longos cinco anos de ausência, os norte-americanos voltam com um álbum bruto em que não poupam nenhuma sua técnica nem da sua violência, conseguindo encaixar onze músicas em menos de trinta minutos - o que não deixa de ser um feito por si só. A fluidez do álbum é acima da média, tendo apenas tempo para respirar na sexta faixa, um interlúdio instrumental de piano que não terá surgido por acaso.
Essa fluidez, apesar de tornarem a audição do álbum bem mais fácil, acabam por também fazer com que seja mais difícil encontrar ganchos nas músicas que fiquem na memória. Quando se dá conta, o álbum já terminou. A qualidade do mesmo impele o ouvinte a repetir a audição, mas também é verdade que a cada nova audição haja muito que fique registado na cabeça. Apenas de que foi bom. Já não é mau, mas fica-se sempre com a ideia de que seria possível mais. Provavelmente algo que as músicas "Lesions From Vicious Plague" e "Creation Continuum" conseguem em parte.
Apesar disto tudo, é um álbum digno da responsabilidade de terceiro na discografia, de trazer death metal técnico e brutal, com instrumentistas de topo (ex-membros de Nile e actuais membros de Apotheosys), composição inteligente (evitando quase na totalidade a armadilha dos álbuns de death metal técnico e brutal, soar tudo ao mesmo) e produção que favorece em tudo o trabalho. Para os amantes da brutalidade em forma de música.
Ao terceiro álbum, e após uns longos cinco anos de ausência, os norte-americanos voltam com um álbum bruto em que não poupam nenhuma sua técnica nem da sua violência, conseguindo encaixar onze músicas em menos de trinta minutos - o que não deixa de ser um feito por si só. A fluidez do álbum é acima da média, tendo apenas tempo para respirar na sexta faixa, um interlúdio instrumental de piano que não terá surgido por acaso.
Essa fluidez, apesar de tornarem a audição do álbum bem mais fácil, acabam por também fazer com que seja mais difícil encontrar ganchos nas músicas que fiquem na memória. Quando se dá conta, o álbum já terminou. A qualidade do mesmo impele o ouvinte a repetir a audição, mas também é verdade que a cada nova audição haja muito que fique registado na cabeça. Apenas de que foi bom. Já não é mau, mas fica-se sempre com a ideia de que seria possível mais. Provavelmente algo que as músicas "Lesions From Vicious Plague" e "Creation Continuum" conseguem em parte.
Apesar disto tudo, é um álbum digno da responsabilidade de terceiro na discografia, de trazer death metal técnico e brutal, com instrumentistas de topo (ex-membros de Nile e actuais membros de Apotheosys), composição inteligente (evitando quase na totalidade a armadilha dos álbuns de death metal técnico e brutal, soar tudo ao mesmo) e produção que favorece em tudo o trabalho. Para os amantes da brutalidade em forma de música.
Nota: 7/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
