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Exivious - "Liminal" Review



Depois de uma estreia que reuniu consensos positivos pela crítica um pouco por toda a parte, a espera para o segundo trabalho foi algo prolongada (já que dois dos seus membros juntaram-se  aos Cynic, a banda ficou em suspenso), mas aqui está o seguimento ao trabalho auto-intitulado quatro anos depois. Mais do que chamar a atenção por ter na sua formação membros e ex-membros de bandas como Cynic, Pestilence e Dodecahedron, Exivious fascinou através da sua abordagem muito própria à música instrumental que funde o rock, jazz e metal, de uma forma que soa fresca e original.

O jazz de fusão não é para todos. Ouvir um álbum inteiro de Al Di Meola, de John Mclaughlin, poderá tornar-se uma tarefa hérculea, mas para aqueles que apreciam os dois músicos atrás mencionados, poderão ter a vida facilitada para o que se pode ouvir aqui. Desde que não se importem com riffs bem metal como aqueles que se podem ouvir em "Deeply Woven", onde o saxofone encaixa muito bem no conceito da música. Levar a música ao limite não é a experimentação pela experimentação em si, mas a habilidade de surpreender o ouvinte na mesma medida em que o envolve, criando uma prisão, prendendo-o sem que este mesmo se aperceba que está preso. E se se aperceber, não se importará.

Não se pode separar, nem mesmo destacar, uma destas oito músicas das restantes, já que todas funcionam bem em conjunto e apesar de diferentes disposições que cada uma delas sugere, todas vão na mesma direcção de música inteligente, arranjos intrincados, melodias inesperadamente catchy mas sempre com a aquele sabor jazz de fusão (principalmente nos leads), onde todos os instrumentos brilham de igual forma com uma forte secção rítmica a brilhar intensamente (bateria e baixo quase que como uma só entidade) e as guitarras a complementar o resto do espaço disponível. Um álbum que confirmará as suspeitas deixadas quatro anos atrás de que estava aqui realmente uma grande banda.


Nota: 8/10

Review por Fernando Ferreira