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Noothgrush / Coffins - Split Review


Uma das bandas mais clássicas de sludge/doom norte-americana junta-se à maior banda de doom japonesa. Os Noothgrush têm já uma longa carreira (apesar de terem apenas um álbum de originais) que sofreu um interrego de dez anos entre 2001 e 2011, o que obviamente fez com que fosse criado o devido culto à sua volta, totalmente merecido. Desde que regressaram ao activo, editaram um álbum ao vivo, o split no ano passado com os Supression e agora este com os Coffins, demonstrando que a banda continua a preferir este registo para dar a conhecer o seu trabalho, a forma mais underground.

Quanto aos Coffins, um pouco mais produtivos no que diz a álbuns de originais, também são amantes da fórmula de split, participando neste apenas uns meses depois do seu quarto álbum de orignais ter saído. O split funciona de duas formas - ou para dar a conhecer bandas díspares aos fãs respectivos de cada uma delas ou então para fazer junção de bandas mais ou menos semelhantes e que de alguma forma se complementam. O que se pode ouvir nestes cinco temas. Enquanto os norte-americanos vão por um caminho mais abrasivo, mais intenso, os japoneses acabam por ter uma abordagem mais simples ao seu death/doom, transmitindo um certo feeling roqueiro que faz a devida oposição à opressão Sabbathiana que os seus companheiros de disco transmitiram com os seus três temas - um deles regravação de um clássico, o "Jundland Wastes".

Em meia hora, fica-se a sensação de que este split sabe a pouco e de que talvez não tivesse sido má ideia incluir mais um tema, porque fica-se mesmo com água na boca por mais, principalmente quando os Coffins conseguem brilhar mais em duas músicas do que no último álbum de originais inteiro. Detalhes. Duas abordagens diferentes ao som pesado e lento - embora a contribuição dos Coffins seja sem dúvida aquela que mais castiga o acelerador mas isto numa velocidade à la Celtic Frost - que tornam deste split um mimo para todos os fãs do sludge/death/doom, cortesia dos amigos da Southern Lord.


Nota: 8.4/10

Review por Fernando Ferreira