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Monte Pittman - "The Power Of Three" Review


Nome estranhíssimo para uma banda não é? O facto de ter a chancela da Metal Blade só faz com que se fique ainda mais interessado, isto se não se fizer ideia de que se trata do nome de um guitarrista e não propriamente de uma banda. Para esses ainda será mais surpreendente saber que é já o seu terceiro trabalho a solo e que na sua carreira passou por sítios tão díspares como os Prong (como baixista durante quase dez anos) e como guitarrista ao vivo da Madonna (!) também durante cerca de uma década. O facto de se dizer que foi guitarrista é coisa para deixar muito potencial ouvinte desmotivado. Ou então curioso para saber mesmo o que raio se passa neste álbum. As duas primeiras malhas, "A Dark Horse" e "Delusions Of Grandeur" são uns malhões heavy/power americano a cheirar a thrash que são viciantes como tudo.

Quando se julga que já se sabe o que se vai ouvir até ao final do álbum, aparece "Everything's Undone", com um cheirinho alternativo, bem mais suave, apenas para baralhar tudo outra vez com "Blood Hungry Thirst", com o mesmo cheiro alternativo mas mais pesado. E pelo rock, hard rock bem "noventas" se continua com "On my Mind" e "Away From Here", dois malhões que se instalam na cabeça como se de dois clássicos se tratassem. Se lhes tivessem sido dados airplay nas rádios umas décadas atrás, de certeza de que seriam isso mesmo agora. Mais impressionante é a voz de Pittman, melódica e com um timbre perfeito para estes estilos - todos eles - que mistura ao longo do álbum.

"Before The Mourning Son" voltam ao feeling mais metal, com um riff viciante e um ritmo hipnótico que se torna a imagem de marca da música. Para não se pensar que já se sabia o que vinha a seguir, "End Of The World" é uma balada que poderia estar num álbum dos Alter Bridge sem dificuldades nenhumas, com um refrão bem grudento. "Missing" traz de volta o sabor metal, desta vez lembrando um pouco os Godsmack meets Alice In Chains, ou algo parecido, tendo ainda direito a um grande solo de guitarra - o melhor do álbum. Tudo termina como "All Is Faiar in Love And War", um épico de treze minutos que se revela o ponto final ideal para este álbum, uma viagem por vários estados de espírito e por alguns experimentalismo. É certo que a intensidade inicial não se conseguiu repetir ao longo do resto do álbum, mas mesmo assim, qualidade não falta a este trabalho. A conhecer.


Nota: 7.6/10

Review por Fernando Ferreira