Os Neronia são um projecto de Dark Wave/Ambient ao qual os fãs de Canaan não serão indiferentes já que é composto pelos seus membros e complementado por Giannai Pedretti dos Colloqui na voz. Totalmente cantado, essa poderá ser a primeira barreira. Isto, se o ouvinte se interessar por dark wave com toques de industrial e gótico, caso contrário, poderá considerar esta uma experiência algo aborrecida, no entanto, poderá haver surpresas já que estas dez músicas fluem de forma assinalável.
Obviamente que o grande foco está nos teclados, e que há um pouco de minimalismo a dominar todo o trabalho, no entanto, não se pode dizer que o efeito é nulo, muito pelo contrário. Há um certo efeito hipnótico que se instala e que simplesmente impede que o ouvinte mude de frequência. É necessário que este seja apanhado também no momento certo - daquele tipo de coisa que ou se apanha no momento certo ou nunca mais se apanha. E é pena caso isso não aconteça porque é um trabalho com grande dinâmica, desde o minimalismo de "XXVI", passando pela mais new wave "XXVII", ou o feeling meio neo-folk industrial de "XXII", até ao trip hop de "XXIV", percorrendo todas estas diferentes facetas sem perder nada da sua identidade.
É impossível destacar alguma faixa das dez e é aqui que reside o seu ponto fraco. Parece que o trabalho vale sobretudo como um todo e que as suas faixas, individualmente, não têm o mesmo poder que em conjunto. Daí a tal questão do efeito hipnótico. Ajuda sobretudo se não se tiver concentrado propriamente na música mas que esta, estando no fundo, se vai instalando, avançando, conquistando território até que surge um certo vazio passados os quarenta e dois minutos de duração. É um álbum interessante, que os amantes do estilo e os fãs de Canaan não vão perder. Todos os outros... poderão apreciar conforme as circunstâncias.
Nota: 6.3/10
Review por Fernando Ferreira
Obviamente que o grande foco está nos teclados, e que há um pouco de minimalismo a dominar todo o trabalho, no entanto, não se pode dizer que o efeito é nulo, muito pelo contrário. Há um certo efeito hipnótico que se instala e que simplesmente impede que o ouvinte mude de frequência. É necessário que este seja apanhado também no momento certo - daquele tipo de coisa que ou se apanha no momento certo ou nunca mais se apanha. E é pena caso isso não aconteça porque é um trabalho com grande dinâmica, desde o minimalismo de "XXVI", passando pela mais new wave "XXVII", ou o feeling meio neo-folk industrial de "XXII", até ao trip hop de "XXIV", percorrendo todas estas diferentes facetas sem perder nada da sua identidade.
É impossível destacar alguma faixa das dez e é aqui que reside o seu ponto fraco. Parece que o trabalho vale sobretudo como um todo e que as suas faixas, individualmente, não têm o mesmo poder que em conjunto. Daí a tal questão do efeito hipnótico. Ajuda sobretudo se não se tiver concentrado propriamente na música mas que esta, estando no fundo, se vai instalando, avançando, conquistando território até que surge um certo vazio passados os quarenta e dois minutos de duração. É um álbum interessante, que os amantes do estilo e os fãs de Canaan não vão perder. Todos os outros... poderão apreciar conforme as circunstâncias.
Nota: 6.3/10
Review por Fernando Ferreira
