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Tothem - "Beyond The Sea" Review


Mais uma estreia com o selo da Maple Metal Records, mais uma banda com um toque de power metal, desta feita, os italianos Tothem, que depois de dois EPs chegam finalmente ao longa duração. A primeira coisa a apontar é que os Tothem, além de terem o tal toque de power metal, também têm uma certa apetência para o metal gótico, não só devido à voz de Roslen Bondi, mas sobretudo pelo trabalho de teclados e essa sensação vai cresceno conforme o álbum avança. "Run To You" lembra imediatamente Kimberley Goss, dos extintos Sinergy, enquanto as seguintes já têm uma abordagem mais operática potencialmente mais desastrosa. Pelo menos em alguns pontos. "This Is The Time" tem três minutos e meio e parece que dura por mais de quinze horas, culpa talvez do refrão ser repetido até à exaustão, num tom de voz que não favorece a música em nada.

A toada gótica vai-se instalando, tema após tema, assim como o marasmo, metendo o ouvinte encurralado entre aquilo que considera foleiro com aquilo que até está bem conseguido - por exemplo, na "Light Of Soul", quase que se adormece no início da música (também poderá ter o efeito de nauseas, dependendo do ouvinte ou dos gostos), até que assim que surge um curto, mas inspirado solo de guitarra e a música ganha mais intensidade, mais que não seja emocional. O problema é mesmo ter paciência para chegar a este ponto. A produção também não é nada por aí além e as músicas não se destacam nem se distinguem muito bem umas das outras, nem daquilo que já foi feito neste género, que também, por si só, não é nada memorável.

Não é que a voz seja má (que não é, apenas talvez mal explorada) ou que o som seja mau (não se pode dizer que seja podre, apenas não é bombástico como o género exige), ou até mesmo que as músicas sejam más... é difícil apontar pontos negativos quando não há nada de verdadeiramente negativo. Apenas não há nada de verdadeiramente extraordinário, nada que faça a pulsação acelerar ligeiramente. Em temas como "The Witch", até há um ligeiro acrescer de intensidade mas não muito além disso. Uma mistura de rock FM com gótico e um toque de power metal sinfónico que poderá agradar a uns e aborrecer a outros.


Nota: 5.5/10

Review por Fernando Ferreira