Depois do single lançado o ano passado, chega a vez o aguardado álbum de estreia "Guilty Of Everything" e tal com "Dig" fazia prever - tema aqui contido também - o que se tem aqui é rock alternativo, com tendências para o shoegaze, garage rock, talvez algumas ambiências de pós-rock, uma certa sensibilidade pop e, claro, guitarras distorcidas até um extremo. Esta mistura toda tem tudo para enjoar aqueles que estão habituados a tudo o que é extremo lançado pela Relapse, que é basicamente a quase totalidade do seu catálogo, o que não deixa de constituir uma surpresa. Quererá isto dizer que a Relapse vai querer ampliar ainda mais o espectro dos seus lançamentos ou será apenas algo baseado na qualidade do lançamento em si? Se for no segundo caso, será que acertaram?
A resposta poderá nunca ser bastante clara, já que há um certo feeling de despreendimento com estas músicas conforme elas vão surgindo, talvez na mesma medida em que aparece uma daquelas musiquinhas tocadas por uma suposta banda punk (pop) numa qualquer série de e para adolescentes americanos. Daquelas que todas as semanas aparece uma música nova, mas parece que é sempre a mesma. Não quer dizer isto que seja mau, porque há aqui muito mais a acontecer do que as mais que óbvias melodias vocais e de guitarra, cada a uma a liderar as atenções à vez.
É portanto um álbum que vai crescer a cada audição, caso lhe seja dada essa oportunidade, mas não será fácil para quem gosta de imediatismos. De certa forma, bate certo com o historial da Relapse, que embora seja casa de muita coisa bruta, é coisa bruta que exige algum tempo a digerir. A questão é que a meio de "Somersault", o quinto tema, a coisa já começa a enjoar (algo injusto, porque é um dos melhores temas do álbum) e a produção, cheia de noise (parece que foi tudo gravado através de um rádio AM) que apesar de tornar o trabalho atmosférico, também reduz o seu tempo de vida. Talvez daqui a uns anos se volte a isto e se perceba que foi feita uma injustiça gigantesca, mas por agora... não convence totalmente.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
A resposta poderá nunca ser bastante clara, já que há um certo feeling de despreendimento com estas músicas conforme elas vão surgindo, talvez na mesma medida em que aparece uma daquelas musiquinhas tocadas por uma suposta banda punk (pop) numa qualquer série de e para adolescentes americanos. Daquelas que todas as semanas aparece uma música nova, mas parece que é sempre a mesma. Não quer dizer isto que seja mau, porque há aqui muito mais a acontecer do que as mais que óbvias melodias vocais e de guitarra, cada a uma a liderar as atenções à vez.
É portanto um álbum que vai crescer a cada audição, caso lhe seja dada essa oportunidade, mas não será fácil para quem gosta de imediatismos. De certa forma, bate certo com o historial da Relapse, que embora seja casa de muita coisa bruta, é coisa bruta que exige algum tempo a digerir. A questão é que a meio de "Somersault", o quinto tema, a coisa já começa a enjoar (algo injusto, porque é um dos melhores temas do álbum) e a produção, cheia de noise (parece que foi tudo gravado através de um rádio AM) que apesar de tornar o trabalho atmosférico, também reduz o seu tempo de vida. Talvez daqui a uns anos se volte a isto e se perceba que foi feita uma injustiça gigantesca, mas por agora... não convence totalmente.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira