O nu-metal já lá vai. Coisa do passado, maior parte das pessoas já nem se lembra. Quem começou a ouvir música pesada por aí renega, na maior parte dos casos, ter gostado de alguma banda do movimento. Quem gostou e não prosseguiu o seu caminho pelo som sagrado, foi parar noutro lado qualquer, como qualquer pessoa que passa a vida a seguir modas e que precisa que lhes indique que caminho seguir, que música ouvir, que ar respirar, etc. No entanto, como tudo na vida, existem as excepções. Existem aqueles que conseguiram retirar o melhor que o movimento – até custa empregar o termo – teve para oferecer, que tem mente aberta para o fazer, assim como também existem bandas com qualidade suficiente para passar a barreira dos géneros.
Os Godsmack surgiram no meio desse movimento e sempre foram retratados como uns Metallica-era-Load-Reload-mas-com-menos-solos-mas-mais-potência-e-groove. Tal comparação poderá ser injusta mas serve bem para situar sonicamente a banda americana. Vivendo à custa do hype excessivo, tal como muitas outras bandas, o que é certo é que o seu som, apesar de ser superior, a anos luz, a muitos dos seus parceiros de tendência, soava pálido se se comparar com as bandas clássicas que a música pesada tem para oferecer. Acusando um pouco o fim do interesse no nu-metal, os Godsmack também acusaram o toque embora não se possa dizer que tenham sofrido muito ou sequer que tenham mudado o seu som. Tal como anteriormente, o seu regresso demorou quatro anos a materializar-se.
Este “1000hp” é já o sexto álbum de originais e não se pode dizer que tenha mudado muita coisa, o que também não é surpreendente. O tema título tem toda aquela energia tipicamente Godsmack com o ritmo e a voz de Sully a serem os principais pontos de interesse, tal como anteriormente, aliás. O uso da guitarra wah em algumas espécies de solos também servem para aumentar o groove e feeling das músicas, mas essa questão também não é nova. A energia das palavras aliadas ao ritmo (até parece que se está a falar de outra coisa) faz com que temas como “FML”, “Something Different”, “What’s Next” e “Generation Day” (esta última, quase épica) sejam viciantes, mas acabam por esbarrar um pouco no mesmo problema de sempre, falta algo mais. Sempre foi essa questão com os Godsmack, sempre faltou algo. Energia, boa voz, boas melodias e bons refrões e mesmo assim, falta algo. Não deixa de ser frustrante.
É, portanto, um álbum como se esperaria que os Godsmack lançassem. Com as melodias habituais e com a energia habitual. Estranhamente, ainda se é bastante receptivo ao que se ouve por aqui, o que faz com que a banda se descole definitivamente do rótulo nu-metal, que reafirmo, algo injusto, e se estabeleça como uma boa banda de hard rock alternativo. “1000hp” não faz com que se tornem novamente grandes como foram mas reafirma a sua identidade e é um álbum que vai agradar aos seus fãs de longa data pela sua coerência, tendo também potencial para chamar mais alguns novos.
Nota: 7.4/10
Review por Fernando Ferreira
Os Godsmack surgiram no meio desse movimento e sempre foram retratados como uns Metallica-era-Load-Reload-mas-com-menos-solos-mas-mais-potência-e-groove. Tal comparação poderá ser injusta mas serve bem para situar sonicamente a banda americana. Vivendo à custa do hype excessivo, tal como muitas outras bandas, o que é certo é que o seu som, apesar de ser superior, a anos luz, a muitos dos seus parceiros de tendência, soava pálido se se comparar com as bandas clássicas que a música pesada tem para oferecer. Acusando um pouco o fim do interesse no nu-metal, os Godsmack também acusaram o toque embora não se possa dizer que tenham sofrido muito ou sequer que tenham mudado o seu som. Tal como anteriormente, o seu regresso demorou quatro anos a materializar-se.
Este “1000hp” é já o sexto álbum de originais e não se pode dizer que tenha mudado muita coisa, o que também não é surpreendente. O tema título tem toda aquela energia tipicamente Godsmack com o ritmo e a voz de Sully a serem os principais pontos de interesse, tal como anteriormente, aliás. O uso da guitarra wah em algumas espécies de solos também servem para aumentar o groove e feeling das músicas, mas essa questão também não é nova. A energia das palavras aliadas ao ritmo (até parece que se está a falar de outra coisa) faz com que temas como “FML”, “Something Different”, “What’s Next” e “Generation Day” (esta última, quase épica) sejam viciantes, mas acabam por esbarrar um pouco no mesmo problema de sempre, falta algo mais. Sempre foi essa questão com os Godsmack, sempre faltou algo. Energia, boa voz, boas melodias e bons refrões e mesmo assim, falta algo. Não deixa de ser frustrante.
É, portanto, um álbum como se esperaria que os Godsmack lançassem. Com as melodias habituais e com a energia habitual. Estranhamente, ainda se é bastante receptivo ao que se ouve por aqui, o que faz com que a banda se descole definitivamente do rótulo nu-metal, que reafirmo, algo injusto, e se estabeleça como uma boa banda de hard rock alternativo. “1000hp” não faz com que se tornem novamente grandes como foram mas reafirma a sua identidade e é um álbum que vai agradar aos seus fãs de longa data pela sua coerência, tendo também potencial para chamar mais alguns novos.
Nota: 7.4/10
Review por Fernando Ferreira
