About Me

Will Carroll, dos Death Angel, sobre a sua dura batalha contra a Covid-19: "Senti que estava a lutar para me manter vivo"

 


Em fevereiro e março deste ano, os Death Angel promoviam o seu nono álbum de originais, “Humanicide”, na digressão europeia “The Bay Strikes Back 2020”, juntamente com os Testament e os Exodus. Dessa digressão, soube-se que (pelo menos) três elementos destas bandas haviam contraído a Covid-19: Chuck Billy, Gary Holt e Will Carroll. Destes três, sabe-se que Carroll passou o exato oposto a um bom bocado – e numa entrevista recente para o programa de televisão alemão “Rockpalast” revelou o quão má foi a sua experiência.

“Eu tive a gripe no passado e, só com base nessa experiência, isto foi mil vezes pior”, afirmou o músico que não só passou duas semanas ligado a um ventilador, como também teve de ser submetido a um coma induzido. “Só ter de lutar para respirar foi a coisa mais assustadora por que passei – senti que estava a lutar para me manter vivo. Desde aí, tenho tido consultas médicas regularmente e desde que saí do hospital já fiz dois ou três testes à Covid-19. Tenho tido muito cuidado. Uso máscara sempre que saio à rua e faço os possíveis para me manter positivo”.

Durante a mesma entrevista, gravada antes das eleições norte-americanas, o baterista dos Death Angel foi abordado em relação à sua opinião sobre Donald Trump, bem como à forma como o presidente dos Estados Unidos tem lidado com o que muitos dos seus defensores consideram “só uma gripe” que terá provocado um impacto “demasiado exagerado”:

“Tento não me envolver demasiado, senão perco a cabeça. Sempre que vejo o que ele anda a fazer e a dizer sobre o coronavírus fico frustrado e furioso. (…) Anda tudo muito tenso por aqui e, infelizmente, começo a descobrir um lado muito feio de pessoas que já conheço há anos e anos e não sei o que fazer em relação a isso. Quero dizer, não há nada que possa fazer a não ser votar como deve ser [risos]”.

Segundo informações prestadas ao jornal californiano San Francisco Chronicle pela equipa médica do California Pacific Medical Center, unidade hospitalar na qual Carroll passou duas semanas nos cuidados intensivos em março, o baterista passou por vários tipos de tratamento – incluindo experimentais, como a Hidroxicloroquina, a Azitromicina e o medicamento experimental Remdesivir –, tendo o seu estado inclusive chegado a crítico e, caso não se tivesse mantido estável, não havia muito mais que a equipa pneumologista que o acompanhou pudesse fazer para mantê-lo vivo.

A entrevista de Carroll para o "Rockpalast" está disponível na íntegra através do vídeo abaixo.


Por: Daniel Lucindo - 11 dezembro 20