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Entrevista aos Eleine


Os Eleine são um projeto fundado pela vocalista MadEleine Liljestam e o guitarrista Rikard Ekberg. “Dancing In Hell” foi lançado no dia 27 de novembro de 2020. Este lançamento tem melodias que nos fazerem lembrar Evanescence, Nightwish e Within Temptation, com muitos traços do Médio Oriente. Para os mais desatentos, os Eleine fizeram parte da “Road To Extinction tour (part V)”, com os Moonspell. Apresentamo-vos os Eleine.

M.I. - Olá. Obrigada por aceitarem a entrevista e terem tido tempo para falar connosco. Gostaria que se apresentassem e à banda, por favor. 

Madeleine: Os Eleine estão no ativo desde 2014 e foram fundados por mim, Madeleine Liljestam, e Rikard Ekberg. Sou a vocalista dos Eleine e o Rikard guitarrista/growler/vocalista. Ao nosso lado, temos o Jesper Sunnhagen na bateria, e o Anton Helgesson no baixo. Lançamos 3 álbuns e um EP. 


M.I. - Vocês lançaram o vosso terceiro álbum: “Dancing In Hell” no dia 27 de novembro. É o vosso segundo álbum lançado através da Black Lodge, para não mencionar o EP: “All Shall Burn”. Durante todos estes anos, como é que o companheirismo musical evoluiu entre ambas as partes?

Madeleine: Nós lançamos o EP o ano passado, e “Dancing In Hell” é o nosso primeiro álbum lançado pela Black Lodge Records e estamos muito contentes com eles. Temos trabalhado muito bem juntos!

Rikard: Sim, de qualidade. Eles sabem o que fazem, e nós sabemos o que estamos a fazer. 


M.I. - Onze faixas estão incluídas neste álbum incrível. As canções foram escritas enquanto estavam a escrever o EP ou depois? Escreveram material suficiente para mais um álbum?

Madeleine: Obrigada! Começamos a escrever este álbum aproximadamente em dezembro de 2018, e seguimos com o que parecia correto, como sempre fizemos. Então decidimos lançar um EP em novembro de 2019, seguido deste álbum, “Dancing In Hell”, em novembro de 2020. Decidimos escrever até sentirmos que tínhamos terminado.


M.I. - Este álbum é sobre a batalha interna – lutar contra os teus demónios, como sabemos, é muito mais difícil do que qualquer outra luta. É este o principal tema do álbum? Como escreveram as letras?

Rikard: O álbum aborda tópicos como demónios internos, sim, mas também tópicos como força e perda. O álbum é sobre estares no teu próprio inferno pessoal, e o que precisas de aprender para navegar nesse inferno. Domar as chamas e dançar à volta delas, para que não te queimes muito. Aprender a navegar levar-te-á para o outro lado, mais forte do que antes e agora com uma legião inteira ao teu lado.


M.I. - As canções são bonitas, melódicas e fazem-me lembrar os Evanescence, Nightwish e Within Temptation. Como composeram as músicas e os arranjos?

Rikard: Muito obrigado! Compor música e arranjar orquestras é como muitas outras coisas que fazemos; é sobre permanecer verdadeiro contigo mesmo e se o teu instinto diz que está certo… vai em frente. Não sei muito sobre teoria musical, o foco principal é que a música te faça sentir algo.


M.I. - O álbum foi misturado e masterizado pelo Thomas "Plec" Johansson, no The Panic Room, que é muito conhecido na Suécia. Ele ajudou-vos a melhorar o vosso som? Do que é que vocês estavam à procura?

Madeleine: O Thomas é EXCELENTE! Também gravamos as vozes + bateria com ele. Nós, o Rikard e eu, produzimos os nossos álbuns nós mesmos, sabemos o que queremos, e temos o nosso próprio som. Com isto dito, adoramos trabalhar com o Thomas, não só porque ele é um tipo excelente, mas também porque ele realmente ouve o artista. O Thomas realmente conseguiu obter o som que queríamos para o nosso álbum na mistura e na masterização.


M.I. - Fizeram uma versão sinfónica da canção “Die From Within”. Porquê esta canção? Onde foi gravada?

Rikard: Quisemos dar uma luz própria a essa canção.  “Die From Within” é sobre perda e é muito importante para a MadEleine e para mim. Programei tudo no nosso estúdio. Criei os arranjos orquestrais do zero e programei todas as notas e também os coros. As vozes foram gravadas no The Panic Room, com o Thomas “Plec” Johansson.


M.I. - As vossas canções têm uma influência do Médio Oriente, especialmente “Enemies”. Essa cultura tem algum impacto nas vossas músicas e letras?

Madeleine: É uma coisa natural em mim e o que adiciono ao processo de composição desde o início. E depois de responder a essa pergunta algumas vezes, apercebi-me que as minhas influências têm sido bandas sonoras e músicas, incluindo vozes muito atmosféricas, ao estilo do Médio Oriente. Quando escrevo música, vejo-a como filmes ou pequenos clips, na minha cabeça. Eu vejo imagens. É tudo muito visual para mim e, portanto, tenho a certeza de que a inspiração dos filmes e como me fizeram sentir, tem sido uma influência na minha escrita.

Rikard: Soa divinal! Os rodopios e às vezes dissonâncias repercutem-se em mim, sabes? Liricamente, não sinto que acha uma influência de qualquer parte, na verdade. Escrevemos sobre o que escrevemos, o que vemos e o que sentimos.


M.I. - Vocês produziram todos os vossos vídeos de música, para promover o álbum. Foi tudo um desafio para vocês ou já sabiam o que queriam? Qual foi o vosso favorito de produzir, dirigir, filmar e editar?

Rikard: Sempre criamos os nossos vídeos, por isso é algo a que estamos habituados. Oh, sim! É importante ter uma visão clara do que pretendes, caso contrário tens um vídeo fraco e vai tudo por água abaixo. Cada vídeo tem o seu charme, e eu gosto de fazer sempre algo diferente. “Dancing In Hell” foi divertido de fazer.


M.I. - Parabéns ao unirem forças com a Dragon Productions. Eles têm estado em contacto convosco desde o último álbum. O que é que o futuro vos reserva? Podem revelar algumas surpresas, por favor?

Madeleine: Obrigada! Estamos muito entusiasmados com isso e muito orgulhosos por fazer parte dessa lista. Eles conseguiram que os Eleine fossem agendados para um grande festival na Finlândia no próximo ano, entre outras surpresas que ainda não podemos revelar, mas sabemos que a nossa colaboração não terá limites, se não permitirmos.


M.I. - Vocês começaram a vossa própria editora discográfica, Algoth Records. Com que tipo de bandas irão assinar?

Madeleine: Nós começamos a Algoth Records em 2017 para relançar o nosso primeiro álbum e, depois disso, lançar o nosso segundo álbum “Until The End”. Nós colaboramos e distribuímo-los ambos pela Sound Pollution Distribution, e graças à excelente colaboração que temos tido, decidimos juntar-nos à editora Black Lodge Records, para o EP e o próximo terceiro álbum. Por isso, não é uma editora com a qual assinaremos qualquer banda neste momento, pode ser algo que aconteça no futuro, mas não de momento.


M.I. - Vocês andaram em tournée com os lendários W.A.S.P. Porque é que eles vos escolheram e que conselhos vos deram?

Madeleine: Os Eleine foram sugeridos por promotores e eles disseram sim! Foi uma excelente tournée, e não posso dizer que nos deram conselhos, mas aprendemos muito naquela tournée, de muitas maneiras. 


M.I. - Vocês foram a banda de suporte para os gigantes portugueses do Metal, Moonspell, e foi um grande sucesso. O que se lembram dessa tournée? Consideram tocar em Portugal no futuro? 

Madeleine: Foi a nossa primeira tournée. Nós fizemos uma tournée europeia completa, como suporte dos Moonspell, como a nossa primeira tournée, mesmo antes de fazermos uma tournée na Suécia, (risos). Muitas memórias bonitas dessa tournée, e era suposto tocar agora em Portugal, em março de 2020, na Tournée Europeia que fizemos com os Myrath, mas, das 5 semanas programadas, só fizemos 3, pois infelizmente, teve de ser cancelada devido à pandemia. Mas visitaremos Portugal, logo que seja possível haver concertos ao vivo, claro!

Rikard: oh sim, lembro-me DE TUDO dessa tournée. Foi a nossa primeira! Foi a nossa primeira prova de fogo, para saber se realmente andar em tournée era o que queríamos. Sim, era suposto tocar duas datas em Portugal, e IREMOS tocar aí no futuro.


M.I. - Vocês andavam em tournée com os Myrath, quando o vírus COVID-19 se espalhou e tudo teve de ser cancelado. Ainda mantêm contacto com os rapazes para saber se será possível uma tournée no futuro?

Madeleine: Devemos todos esperar e ver o que acontecerá no futuro. Toda a gente está em modo de “Vamos esperar e ver” e podemos sempre fazer planos, e esperar que aconteçam. Por isso, vamos esperar para ver…


M.I. - Muito obrigada por terem tirado algum tempo para falar connosco. Por favor, partilhem uma mensagem final com os leitores da Metal Imperium.

Madeleine: Muito obrigada! Estamos muito agradecidos aos fãs por aí fora, porque sem vocês nada seria possível. E se têm curiosidade sobre os Eleine, deem uma olhadela às nossas redes sociais e quem sabe possam aderir ao nosso clube de fãs oficial no Patreon por apenas 1 € / mês, para ver mais conteúdos pessoais e também apoiarem-nos!

Rikard: Sim, e mal podemos esperar para conhecer todos na legião Eleine, quando o mundo abrir novamente. Permaneçam fiéis, stay Metal.

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Entrevista por Raquel Miranda