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Behind the Redgiant – "How Far is Far Away?" Review

De quando em vez surgem-nos bandas ou projetos assim. Álbuns que nos chegam às mãos sem que tenhamos conhecimento prévio dos intérpretes, ou mesmo sequer da sua existência, mas que se tornam de imediato numa agradável surpresa.

Foi exatamente o que me aconteceu ao escutar o trabalho de estreia dos Behind the Redgiant. Esta banda oriunda de Viseu, conseguiu gravar um álbum que vai com certeza dar muito que falar. Refiro-me a “How Far is Far Away?”, que foi lançado no passado mês de março, apesar de a banda já existir desde 2010.
De que tipo de música se trata? Algo que não é, na verdade, muito comum. Os Behind the Redgiant são uma banda instrumental, que se dedica ao rock/metal progressivo. Não fazendo uso de vocais nos seus temas, estes têm de ser, obrigatoriamente, composições fortes, com ritmos e melodias que agarrem o ouvinte. Têm igualmente de ser variadas, obedecer a um estilo, sim, mas sem se tornarem repetitivas. Esse objetivo foi conseguido, pois é exatamente isso que acontece neste trabalho que eles próprios afirmam, ter sido inspirado pela misteriosa beleza do cosmos e todos nós sabemos como ele é imenso.

Este quarteto valeu-se dos serviços do produtor alemão Dennis Koehne (Lacuna Coil, Sodom, Moonspell, Tristania), que se encarregou da masterização do álbum e o resultado final foi uma qualidade sonora muito agradável, um som sempre bem preenchido. Os músicos deste projeto são também eles, tudo menos inexperientes: trabalhando em temas para spots publicitários e curtas-metragens, entenderam ser agora a altura certa de compor músicas com as quais se sentissem realizados. Com a ajuda do baterista Alexandre Tomás (ex-fingertips), último elemento a chegar à banda, conseguiram esse objetivo e o resultado traduziu-se em “How Far is Far Away?”, que é realmente um álbum muito agradável.

O tema “somewhere, somehow” teve direito a videclip e já pode ser visto, para que se fique com uma ideia do que este álbum contém. Vale realmente a pena dar uma espreitadela.

Nota: 8,7/10

Review por António Rodrigues