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Reportagem: Dead Poet Society e Ready The Prince @ L.A.V., Lisboa- 16.02.2024


Forte adesão de público no concerto de estreia no nosso país de duas grandes bandas norte americanas. Refiro-me, principalmente aos Dead Poet Society, cabeças de cartaz nesta The Fission Tour que pretende dar uma segunda vida ao aclamado -!-. A acompanhar a banda dos Estados Unidos estiveram os seus vizinhos Ready The Prince, neste que era o primeiro de 26 concertos que a banda canadiana vai dar com os Dead Poet Society.

Foi uma verdadeira surpresa a prestação deste trio. O seu rock alternativo foi descarregado numa atuação deveras enérgica, talvez por este ser o primeiro concerto da tour, ou porque simplesmente é este o ADN da banda. Eu acredito mais nesta segunda explicação. O público presente – que era muito – cedo se deixou conquistar. Os temas apresentados eram bons, o que ajudou a esta relação entre público e artistas. Na bagagem, Book Of Öji, o primeiro álbum após três E.P.´s, do qual interpretaram “Sabertooth”, “Razorblade” e o mais recente single, “Backslider”. Tudo isto em apenas meia hora de concerto que se tornou memorável.

A promotora tinha anunciado que os concertos dos Dead Poet Society são caracterizados pela energia que a banda deixa em palco. O que talvez ninguém estivesse à espera é que o vocalista Jack Underkofler fizesse stage diving assim que entrou em palco, mas fez. Logo após esse primeiro tema foi buscar a sua guitarra e não mais a largou. Sempre muito simpático com o público, mostrou-se agradado com o nosso país e pareceu ficar genuinamente surpreso quando aos primeiros acordes de “.American Blood.” reparou que o público estava a cantar o tema. O quarteto não parava quieto no palco e tanto o baixista Dylan – sem t-shirt -, como o guitarrista solo Jack Collins iam trocando constantemente as posições entre a esquerda e a direita do mesmo. Houve tempo até para Underkofler pedir um cigarro ao público - que não acendeu -, numa das muitas paragens que fez para trocar dois dedos de conversa sobre Portugal e as suas qualidades. “I Never Loved Myself Like I Loved You” foi das mais aplaudidas nesta noite, com o quarteto a pedir mais movimento na sala, o que veio a acontecer. Dançava-se, pulava-se e no encore houve mesmo um mosh pit, ao som de “.Intodeep.”, que foi o culminar de uma hora de concerto.

Intenso, é o mínimo que se pode dizer da estreia destas duas bandas em solo nacional. Um evento dedicado ao chamado rock alternativo que chamou público das mais variadas gerações, mostrando que este estilo se encontra bem vivo.


Texto por António Rodrigues
Fotografias por Paulo Jorge Pereira
Agradecimentos: Prime Artists