Mais uma noite de boa música, daquelas a que o Hollywood Spot já nos habituou. Desta vez com os Under The Circle - projeto que se apresentava ao vivo pela segunda vez – e os Nameless Theory, que se deslocaram do Pinhal Novo com uma mão cheia de temas novos para tocar.
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Não se deixem enganar, apesar de serem um projeto recente, os músicos que compõem os Under The Circle já têm a sua dose de experiência, adquirida com outras bandas. Exceção feita à sua jovem vocalista, que sabe compensar essa menor experiência em palco, com uma dose extra de irreverência. No que à música diz respeito, a sonoridade desta banda percorre caminhos interessantes, pois apesar de assentar no rock, explora o seu género amplamente. As três covers que tocaram ontem espelham bem o que referi: Pentagram; Pixies e Ramones. Quanto aos originais, eles foram todos cantados em inglês, com exceção de “Há De Encarnar” e são cheios, completos, muito fruto das duas guitarras e do sintetizador que integram os Under The Circle. Ainda sem nenhum trabalho editado, vamos aguardar com atenção.
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Seguiram-se os Nameless Theory que devem ter na calha o sucessor de Into The Void, álbum de 2020, tal a vontade com que anunciavam temas novos. Foram muitos, mesmo. Deu para ver que continuam bem trabalhados e que resultam bem ao vivo. Ter um vocalista que sabe interagir com o público é também meio caminho andado para o sucesso, numa banda composta por bons executantes, como por exemplo Igor, que não sendo Cavalera, não deixa por isso de ser um grande baterista. O heavy metal dos Nameless Theory é bem musculado, daquele capaz de fazer o público criar um circle pit, estivesse este presente em número suficiente para isso, nesta noite. Esta atuação teve direito a algumas surpresas, pois a setlist planeada começou a ficar curta perante o tempo disponível para atuação e assim, para satisfação de quem se deslocou ao Hollywood Spot houve oportunidade de escutar “Love” e, quando se Julgava que “Skyfall” (grande malha), fosse pôr termo à atuação do quarteto de Pinhal Novo, eis que deu para tocar ainda “Elimination”, esta sim, última música da noite.
Muitos eventos a decorrer em simultâneo distribuem o público. O desta noite, no Hollywood Spot, merecia claramente uma melhor assistência.
Texto por António Rodrigues
Fotografia por Tânia Fidalgo
Agradecimentos: Under The Circle