Depois das primeiras audições a este "Phenakism" percebe-se que os Concealment são uma das bandas mais originais e desafiantes do metal nacional. Este é o segundo álbum do grupo e mostra uma banda da qual o que se pode esperar é o imprevisível e que se pode enquadrar no death metal técnico, na falta de um rótulo que situe o leitor. Mas os Concealment são mais do que isso e mostram-se capazes de quebrar barreiras estilísticas e fazer o seu próprio som, sem andar a copiar fórmulas batidas. Podem nalguns momentos fazer lembrar um pouco The Dillinger Escape Plan, ou mesmo os nacionais Crushing Sun (outra das bandas mais originais do nosso metal) mas têm personalidade suficiente para não serem apelidados de meras cópias deste ou aquele nome. O que o colectivo português aqui nos propõe, é uma sonoridade complexa e que requer várias audições atentas. Uma bateria superiormente executada e algo jazzística, guitarra pesada e experimental, uma voz em registo berrado que não se destaca tanto, mas não compromete em nada o resultado final. É o álbum ideal para todos aqueles que gostam de música desafiante e que não seja formulática. Não é um trabalho de fácil digestão e requer paciência e dedicação por parte do ouvinte. Tem um bom equilíbrio entre um saudável experimentalismo, técnica e musicalidade. Num álbum rico em temas interessantes e sem fillers destacam-se "Deluge", "Hamartia", "Orifice" e "Malformations". Não é aconselhável a quem quer ouvir música presa a sub-géneros. Nota: 8.3/10
01 - Hamartia
02 - Stridulation
03 - Deluge
04 - Yielding Radiance
05 - Malformations
06 - Orifice
07 - Mantis Complex
08 - On Behalf Of Malady
09 - Ingravescent
10 - Cyclothymic
11 - Empalamento Dos Sentidos
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Review por Mário Rodrigues
