
É um EP relativamente longo, iniciado por "Goodbye Sweet innocence" é uma ode de homenagem a Pink Floyd, com linhas de teclado atmosféricas à la anos 70, misturando durante os seus quase 11 minutos diversos níveis de emoção como lhe é habitual, como tristeza, melancolia e alguma agressividade na progressão para o final da música.
"Living in the past", a segunda faixa do EP, que tem quase 12 minutos de duração, remete para as experiências e extravagâncias de guitarra e baixo das músicas instrumentais dos primeiros álbuns, em que diversas camadas de sonoridade se complementam para criar a atmosfera de revisita mnemónica que a letra indica, tornando-se uma óptima demonstração do carácter mais experimental dos Riverside. O EP termina com "Forgotten Land" a faixa onde é possível ouvir um dos momentos de transmissão de maior angústia e raiva da voz de Duda, magistralmente acompanhado pelo seu baixo e algumas linhas de guitarra de génio do guitarrista Piotr Grudzinski.
"Memories in my head" é um excelente marco do décimo aniversário da banda. Para os conhecedores da discografia este EP funciona como um refrescar dos primeiros álbuns, adicionando uma envolvência musical incomum. Apesar dos seus 33 minutos de duração, o EP consegue ser a banda-sonora perfeita para esta tradução de concepções de memórias que a banda criou. Aliás, é incomum um EP ter esta capacidade de nos mergulhar e não mais nos largar como é este caso. Um excelente "companion" para a audição do primeiro álbum "Out of myself", e que cimenta cada vez mais a unicidade dos Riverside no panorama prog (metal/rock). Um óptima escolha para seguidores da carreira (e da música) de Riverside, assim como uma óptima porta de entrada para esta banda genial.
Nota: 9/10


"Memories in My Head" track list:
1. Goodbye Sweet Innocence
2. Living in the Past
3. Forgotten Land
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Review por Ricardo Correia