Rotular os The Black Dahlia Murder parece cada vez mais tornar-se uma tarefa complicada.Se por um lado são uma das bandas originárias do movimento Deathcore e /ou Metalcore que apareceu na primeira década de 2000, por outro ainda é de referir os traços mais melódicos da banda, apesar de mais camuflada quando posta lado a lado com a extremidade do som do quinteto americano. Outra particularidade da banda é o facto de se destacarem um pouco dos outros nomes do género, conseguindo não só agradar aos apreciadores do metal mais extremo com a sua pitada de core, como também aos fãs mais puristas do Death Metal, muito devido ao lado bastante extremo que a banda tem vindo a assumir nos seus já cinco álbuns de originais.
“Ritual” é então como que uma continuação da evolução dos The Black Dahlia Murder, onde blastbeats, riffs rapidíssimos e a voz rasgada de Trevor Strnad são as palavras de ordem, resultando num álbum poderoso, a rasgar e sem lugar para fôlegos. São portanto cerca de 45 minutos de puro caos e brutalidade que certamente deixarão os fãs dos géneros já acima citados satisfeitos.
A primeira metade do álbum deixará todos de queixo caído, tamanha a brutalidade que os The Black Dahlia Muder empregam, funcionando como um autêntico murro no estômago que apanha todos desprevenidos. Daqui para a frente, apesar de a banda não perder o gás na sua brutalidade sonora, fica a ideia que os temas não têm tanta força como os anteriores, tornando-se um álbum um bocado mais enfadonho e sem nada de novo que desperte a curiosidade do ouvinte.
Se procuram música extrema e brutal, “Ritual” será certamente a ser um álbum a ter em conta, que mantém a bitola dos The Black Dahlia Murder elevada, e que faz com que sejam um dos grandes nomes do Deathcore actual, capaz de agradar aos mais diferenciados apreciadores de música extrema.
Nota: 8.1/10
Review por Pedro Reis
