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Baroness - "Yellow & Green" Review

Sendo os Baroness uma das bandas mais bem-sucedidas e interessantes que surgiram nos últimos anos, um álbum novo é sempre motivo de grande expectativa.

Desta vez temos duas cores em vez de uma, um álbum duplo que mostra um lado diferente da banda, com uma orientação com mais enfoque no rock do que no peso dos registos anteriores, mas que mostra uma evolução de certa forma orgânica dos Baroness.

Começando com “Yellow”, este registo mostra-nos uns Baroness em mutação, onde a banda diluí alguns aspectos da sua sonoridade e acaba por polir outros levando a banda a uma evolução orgânica no seu som. Temas como “Take My Bones Away”, March to the Sea” e a orelhuda “Litle Things” mostram um maior enfoque no groove, misturado com texturas e melodias que captam a atenção do ouvinte. Existe também espaço para temas mais introspectivos como “Twinkler” e “Cocainium” que abrem caminho para um dos pontos altos e mais memoráveis de “Yellow”, a balada “Eula”, que é um momento inesperado, uma faixa, extremamente bem conseguida, onde o vocalista da banda John Baizley mostra que consegue cantar com um sentido de melodia apurado.

Com “Green” a banda entra em terreno mais experimental. Se em “Yellow” víamos uns Baroness a percorrer um caminho evolutivo, aqui vemos a banda ainda a explorar outros territórios, outras texturas, outras harmonias. É também aqui que John Baizley aproveita para explorar outras nuances da sua voz em temas como “Board up the House” ou “Foolsong”. A constatar o lado mais experimental deste registo temos o tema “Colapse”, que demonstra uma vontade da banda de expandir os seus horizontes e quebrar os seus limites. Contudo os temas que mais se destacam neste álbum são os menos experimentais e mais directos como “The Psalms Alive” e “The Line Between” que demonstram o que os Baroness conseguem fazer sem grandes floreados.

Conjugando um lado evolutivo e outro lado experimental, “Yellow & Green” são duas faces da mesma moeda, onde vemos uns Baroness com desejo de não estagnar e vontade de surpreender.

Venha a próxima cor!


Nota: 8.5/10

Review por Ruben Mineiro