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Subdark - "Infinite Walls" Review

Após em 2009 os Subdark nos terem surpreendido com um extremamente promissor EP de três temas, um dos melhores que já foram alvo de análise pela Metal Imperium, a banda do Porto chega a meados de 2012 ao lançamento do seu álbum de estreia e é caso para dizer, finalmente! Isto porque a banda apesar das expectativas serem altas derivado ao seu óptimo EP, este álbum de estreia de oito temas superou claramente o que foi feito anteriormente.

Numa entrevista dada pela banda à nossa webzine por alturas da edição do EP, os Subdark revelaram-nos que apenas deram a conhecer três temas, para apenas dar um cheirinho da sua sonoridade e deixar o público com vontade de ouvir mais e criar expectativa face ao álbum. Disseram-nos também que guardaram muitas das suas melhores músicas para o álbum de modo a atingir as pessoas com músicas que acham verdadeiramente especiais.

Tudo isto que a banda afirmou na entrevista confirma-se, praticamente todos os temas presentes em "Infinite Walls", são superiores aos do EP e mesmo assim esses já eram bem fortes. Também é verdade que há aqui músicas verdadeiramente especiais, ou pelo menos muito boas. Aliás todo o álbum é muito bom, nem vale a pena destacar nenhum tema em particular e deixar cada um descobrir estas excelentes faixas por sim próprio, saboreá-las à sua maneira e atestar a sua qualidade.

A sonoridade do álbum é muito ecléctica e algo original, devido à mistura de géneros que os Subdark nos propõem durante os seus temas. Durante a duração do CD, encontramos aqui elementos de thrash, death, black e progressivo, que confundem o ouvinte quanto a um possível rótulo para a banda, mas que resultam incrivelmente bem no som dos Subdark, dando-lhe um som diferente e refrescante no panorama de peso nacional.

A banda escolheu o caminho mais difícil, o de não escolher um subgénero que esteja na moda para atingir o sucesso fácil e imediato, optou sim por não se inibir de colocar na sua música todas as suas influências musicais, resultando de um som que claramente não é pensado para agradar um público em particular, mas passível de ser escutado por aqueles que dão mais importância à qualidade e originalidade do que a subgéneros.

Como já foi dito acima as músicas são fortes e isso é o mais importante, a banda mostrou capacidade de escrever grandes temas e não há uma fórmula para isso, ou há talento para tal ou não há. A performance deste trio nacional também foi muito boa: Nuno Gonçalves atinge-nos com uma voz poderosíssima a fazer lembrar um pouco Fernando Ribeiro no seu registo mais agreste, Alexandre Gonçalves mostrou ser um grande compositor de riffs, negros e devastadores e João Pereira tem aqui um trabalho de bateria de óptimo nível.

De referir também o excelente som dos temas, fruto da produção de Paulo Lopes, nos Soundvision Studios, estúdio onde também já foram gravados outros grandes trabalhos, de bandas como Crushing Sun, Colosso, Web, Head:Stoned e Revolution Within.

Os Subdark são neste momento uma espécie de segredo bem guardado do metal nacional, mas com este grande disco e se houver justiça, vão deixar de o ser brevemente e terão o reconhecimento devido.

Nota: 8.5/10

Review por Mário Rodrigues