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Turbonegro - "Sexual Harassment" Review

Sem precisar de introduções, basta ouvir os primeiros versos de “I Got A Knife” para se notar a ausência de Hank Von Helvete, substituído pelo vocal à-lá-Lemmy de Tony Sylvester.

Não nos podemos questionar se isto se devia ao antigo vocalista, mas a verdade é que com a entrada do ex-The Dukes of Nothing, o coletivo norueguês abandonou a sonoridade mais “hard-rock de estádio” que abordou em boa parte de “Retox”, e que cortava o espírito que metiam estes noruegueses nas bocas do Punk europeu. (Não que o refrão viciante de “We Gonna Drop The Atom Bomb”, por exemplo, fosse algo mau, mas onde andava a bravura e a despreocupação audível em “Hot Cars and Spent Contraceptives”? ).

Cinco anos depois, voltam com uma lufada de ar fresco, e ao mesmo tempo que regressam ás origens, não caem no marasmo do “mesmo álbum durante anos, desinteressante”.

Ao mesmo tempo que é um desafio ao sucessor de Von Helvete, trata-se de algo novo, em simultâneo que nos soa como algo já conhecido. E na verdade já é mesmo conhecido! É impossível não reconhecer de onde vêm temas como “Rise Below”, “Shake Your Shit Machine” ou o single de apresentação ao álbum “You Give Me Worms”.

O que temos aqui são dez músicas. Simples, curtas e diretas. Assim sempre se caraterizaram os Turbonegro. Mesmo que a rapidez não impere neste disco, é-nos impossível resistir ás guitarradas de Euroboy e ao espírito relaxado e de festa que carateriza toda a banda. E vendo as coisas desse prisma, a limpidez e a técnica não interessam nada para isto. Até porque essas palavras têm um antónimo em comum… Turbonegro!

Nota: 8.1/10

Review por Diogo Marques