Há três anos atrás demos conta do álbum de estreia dos portugueses Revolution Within, intitulado "Colision", que lhes valeu uma crítica muito positiva na nossa webzine. O CD apenas tinha uma pequena lacuna, era formado apenas por 8 faixas mas apenas 6 verdadeiros temas, visto que duas delas eram intros, o que dava apenas 30 minutos de música e que acabava por saber a pouco. De qualquer modo apontámos a banda como uma das revelações de 2009 e aqui estão eles em 2012 para sabermos se passam de promessas a certezas do metal nacional.
Após algumas audições ao assimilar o álbum podemos afirmar que "Straight From Within" superou "Colision", não só em número de temas (uma intro e dez temas), mas também em qualidade. A primeira metade deste trabalho então, formada por cinco músicas, apenas menos uma do que na estreia, é formada por temas ao nível ou mesmo melhores que os mais fortes feitos anteriormente. De facto, a sequência "Pure Hate", "Without Recognition", "Straight from Within", "Pull the Trigger" e "Revenge Now", é devastadora mas de qualquer modo a segunda parte do álbum também não dá descanso ao ouvinte.
Ainda mais poderosos, quer instrumentalmente quer vocalmente, mas também mais rápidos e tecnicamente evoluídos, os Revolution Within afirmam-se neste álbum como uma das maiores forças do thrash metal português, encabeçando juntamente com os Switchtense a vertente mais moderna do género, sendo que os Pitch Black e Prayers Of Sanity ficam na linha da frente do thrash old school.
Para quem ainda não conhece os Revolution Within, a nível nacional os Switchtense são uma boa referência para situar os leitores, porque indiscutívelmente a sonoridade praticada por ambas as bandas é parecida. A nível internacional podemos referir os germânicos Dew-Scented, os suecos The Haunted, ou mesmo os dinamarqueses HateSphere, como bandas com som semelhante aos Revolution Within, e que exercem influência sobre a mesma.
"Straight From Within", não sendo algo que vá reinventar a roda - nem é esse o seu propósito - é uma bomba sonora que promete rebentar os rádios, ipods, ou concertos por onde os Revolution Within passem, como foi atestado pela poderosa actuação da banda na abertura de Trivium.
Nota: 8.3/10
Review por Mário Santos Rodrigues
