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Terrorama - "Genocide" Review


A Suécia é, desde os anos noventa, uma das maiores nações exportadoras de bandas de metal extremo do mundo. Não quer dizer que tudo o que seja produziu lá também seja um sinónimo de qualidade, embora a esta seja realmente acima da média. Os Terrorama acabam por provar que há coisas más feitas naquele ponto da escandinávia, com o seu terceiro álbum intitulado, sabiamente, "Genocide". É o verdadeiro genocídio para os sentidos, principalmente para os ouvidos. Com uma produção sofrível, para não dizer, abaixo de cão, estes vinte e nove minutos de som acabam por parecer duas horas de vazio onde é difícil ao ouvinte lembrar-se do quer que seja que ouviu. Se fosse feita uma sondagem, de certeza que metade afirmaria que tinham estado numa fábrica, na divisão dos geradores. um terço da outra metade teria dito que não sabia onde tinha estado e que nem sem lembrava sequer do próprio nome. Os restantes talvez dissessem que tinham gostado.

Citando influências como Sadus, Vulcano, Holocausto e os Sadistik Execution, todos os nomes perdem o sentido conforme o álbum se vai desenrolando. As guitarras estão com um som horrível, demasiado agudo e distorcido para o seu próprio bem, a bateria parece ter levado com efeito de compressor na masterização - aliás esse efeito parece que foi extensível um pouco na mistura toda. O resultado é um som desagradável e é certo que estamos a falar de metal extremo, que o mesmo deve ser feio, sujo, porco e mau, mas de uma forma que soe poderoso, que é exactamente o contrário do que acontece aqui. E o problema não é apenas a produção. As músicas em si soam genéricas e sem o mínimo punch, sem ter nada que a torne memorável.

É um clichê dizer-se que o terceiro álbum é aquele que define a carreira de uma banda, o disco da salvação ou o da condenação. Se isso realmente for verdade, "Genocide" é a confirmação que os Terrorama  estão moribundos e que ainda não se aperceberam desse facto. Acredito que exista mercado para este tipo de proposta medíocre, afinal, este mundo não é perfeito. Sofrível de tal forma que até é difícil arranjar energias para mais adjectivos.

 
Nota: 2.5/10

Review por Fernando Ferreira