Uma one man band que completa agora em 2013, e com este álbum (o oitavo), o seu vigésimo ano desde que lançou o primeiro registo sonoro. Como sempre, Shamaatae é responsável por tudo o que se ouve aqui e o conceito lírico mais uma vez foca a mitolodia nórdica, como tem sido o tema escolhido nos trabalhos mais recentes, focando-se desta vez no lobo Fenris, um dos filho de Loki, o deus nórdico das mentiras. Segundo a mitologia, Fenris, tornou-se tão forte e tão faminto que teve de ficar preso por toda a eternidade e que deverá libertar-se no dia do Juízo Final, o Ragnarok, devorando o Sol e a Lua.
Com um conceito lírico ríquissimo, onde emprega linguagem nórdica arcaica, algo próximo do islandês, o som apoia-se no black metal primitivo e cru, que é o tipo de som defendido por tudo o que é trve neste mundo e que muitas vezes é sentido como um impedimento ao concretizar de todo o potencial das músicas/álbuns onde é empregue. Aqui não se deixa de sentir isso, nomeadamente na distorção da guitarra, e no seu som de ligeiro enxame de abelhas atacar em fúria, mas tal é feito com moderação e ajuda, na verdade, a que o ambiente seja propriamente criado. Ou por outras palavras, resulta.
As onze faixas fluem como se fossem uma só, contendo alguns interlúdios onde esse tal ambiente é reforçado e o ouvinte mergulha forçosamente no conceito do álbum. Não há, no entanto, nenhuma faixa que se destaque, provavelmente nem seria essa ideia. Será um álbum para apreciar de uma acentada e que reforça o poder de apreciação que com o mp3 veio ficar em desuso. Ouvir e valorizar um álbum como tal. Só por esse facto, ponto positivo. Mais directo e algo experimental do que no passado, os Arckanum lançam mais um pedaço de cultura que deverá agradar não só aos fãs do black metal mas todos aqueles que gostam de música negra e intensa, com um grande conceito por trás.
Com um conceito lírico ríquissimo, onde emprega linguagem nórdica arcaica, algo próximo do islandês, o som apoia-se no black metal primitivo e cru, que é o tipo de som defendido por tudo o que é trve neste mundo e que muitas vezes é sentido como um impedimento ao concretizar de todo o potencial das músicas/álbuns onde é empregue. Aqui não se deixa de sentir isso, nomeadamente na distorção da guitarra, e no seu som de ligeiro enxame de abelhas atacar em fúria, mas tal é feito com moderação e ajuda, na verdade, a que o ambiente seja propriamente criado. Ou por outras palavras, resulta.
As onze faixas fluem como se fossem uma só, contendo alguns interlúdios onde esse tal ambiente é reforçado e o ouvinte mergulha forçosamente no conceito do álbum. Não há, no entanto, nenhuma faixa que se destaque, provavelmente nem seria essa ideia. Será um álbum para apreciar de uma acentada e que reforça o poder de apreciação que com o mp3 veio ficar em desuso. Ouvir e valorizar um álbum como tal. Só por esse facto, ponto positivo. Mais directo e algo experimental do que no passado, os Arckanum lançam mais um pedaço de cultura que deverá agradar não só aos fãs do black metal mas todos aqueles que gostam de música negra e intensa, com um grande conceito por trás.
Nota: 7.3/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
