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W.E.T. - "Rise Up" Review


Podem dizer que a Frontiers é um antro de bandas que deita um cheiro enorme a bolas de naftalina e ranço, que aposta em algo que já deu o que tinha a dar, que se deve andar para a frente e até certo ponto se pode concordar que nem sempre as apostas são assim tão essenciais, mas que diabos, é preciso ser mesmo surdo de ouvido para não dar valor a bandas como W.E.T. que conseguem trazer para o século XXI um som da década de oitenta.

Quando se fala de modernizar o som, isso não quer necessariamente dizer que temos ritmos electrónicos, ou algo do género. Apenas que a produção é do melhor que pode haver, poderosa, cristalina e mesmo assim orgânica. Este deve ser considerado o uso das tecnologias para o bem. Ora, os W.E.T. não são propriamente novatos e mesmo sendo este "Rise Up" o segundo álbum, os seus membros têm já uma vasta experiência. Não é por acaso o resultado do seu nome, que teve origem em três bandas de onde os seus três membros chave são oriundos: Robert Sall ("W" dos Work Of Art), Erik Martenson ("E" dos Eclipse) e Jeff Scott Soto ("T" dos Talisman), que juntos com Magnus Henriksson e Robban Bäck dos Eclipse completam a formação.

Com um leque de músicos deste calibre, seria de esperar que a qualidade aqui contida fosse bem acima da média. A voz de Soto hipnotiza, como sempre, e aqui acenta como uma luva neste conjunto de canções que se torna viciante desde o primeiro momento. Desde a faixa de abertura, "Walk Away", passando pelo tema título, pela pujante "On The Run" e finalizando na "Still Unbroken", é impressionante a forma como as músicas se interiorizam facilmente e que mesmo depois de repetidas audições, soam frescas como se fosse a primeira vez. Um grande álbum de hard rock, poderoso e melódico, uma conjugação demolidora.
 
Nota: 8.5/10

Review por Fernando Ferreira