Mais um projecto black metal, mais uma one-man-band, e quando se inicia uma crítica, ou até uma simples conversa, com "mais um", há um certo enfado indisfarçável acerca daquilo que se está a falar. Lebensnacht é o projecto de Robert Brockmann, o homem por trás da editora Naturmacht Productions e este é o seu segundo álbum, editado apenas alguns meses após o primeiro - e o ano vai pouco mais de a meio. A diferença da edição deste para o anterior é que o primeioro álbum foi disponibilizado de forma livre pela editora e este tem direito a uma edição em cd.
Black metal que se supõe ser pagão, ou pelo menos voltado para a natureza - teremos que supor já que todas as letras são e alemão, há aqui boas ideias que se enquadram perfeitamente no espectro do black metal mais melancólico e introspectivo, havendo, no entanto, também algumas coisas que possam deitar por terra estas boas ideias, tais como os momentos de guitarra sem distorção na "Welkes Leben", com um sentimento demo-tape irritante. Por outro lado, existem momentos acústicos bem conseguidos como a "Weibe Einsamkeit", um tema simples, singelo, mas muito eficaz na evocação da natureza - com a ajuda de alguns samples, é certo, mas não menos eficaz por causa disso.
A diferença de produção entre temas também é algo que não ajuda a integridade do trabalho como um todo. No final, é álbum de black metal melancólico - chegando apenas a ser depressivo se se pensar na qualidade sonora e nalgumas soluções em certos temas - que vale mais pelo seu conceito e para aqueles que falam a língua alemã do que para todos os outros que nem falam alemão, nem se conseguem aperceber qual o conceito que o álbum explora. Resta saber se Brockmann vai manter este ritmo de lançar um álbum de seis em seis meses. Esperemos que ele se aperceba que quantidade não é qualidade. Pelo menos no que aos Lebensnacht diz respeito. Por enquanto.
Black metal que se supõe ser pagão, ou pelo menos voltado para a natureza - teremos que supor já que todas as letras são e alemão, há aqui boas ideias que se enquadram perfeitamente no espectro do black metal mais melancólico e introspectivo, havendo, no entanto, também algumas coisas que possam deitar por terra estas boas ideias, tais como os momentos de guitarra sem distorção na "Welkes Leben", com um sentimento demo-tape irritante. Por outro lado, existem momentos acústicos bem conseguidos como a "Weibe Einsamkeit", um tema simples, singelo, mas muito eficaz na evocação da natureza - com a ajuda de alguns samples, é certo, mas não menos eficaz por causa disso.
A diferença de produção entre temas também é algo que não ajuda a integridade do trabalho como um todo. No final, é álbum de black metal melancólico - chegando apenas a ser depressivo se se pensar na qualidade sonora e nalgumas soluções em certos temas - que vale mais pelo seu conceito e para aqueles que falam a língua alemã do que para todos os outros que nem falam alemão, nem se conseguem aperceber qual o conceito que o álbum explora. Resta saber se Brockmann vai manter este ritmo de lançar um álbum de seis em seis meses. Esperemos que ele se aperceba que quantidade não é qualidade. Pelo menos no que aos Lebensnacht diz respeito. Por enquanto.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
