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Whitesnake - "Made In Britain / The World Record" Review


A ideia de lançar dois álbuns de seguida parece peregrina a não ser claro que estejamos a falar dos Manowar, e nesse caso é para os fãs, mesmo que se tenha mudado de editora e que faça parte do contrato lançar qualquer coisa. Quando perguntaram a David Coverdale o porquê de lançar dois álbuns ao vivo num curto de espaço ("Made In Japan" foi lançado em Abril e este "Made In Britain / The World Record" lançado em Junho), ele afirmou que "Made In Japan" não estava originalmente planeado, fruto de um convite para serem cabeça de cartaz de um concerto da tour no Japão, tendo recebido uma oferta para filmarem três músicas e a coisa cresceu de proporções até que resultou num duplo  cd com dvd ou bluray, conforme as edições.

Tendo sido algo que resultou de um espéctáculo ao vivo, Coverdale considera que "Made In Japan" e todo o material áudio que contém funciona como uma banda sonora, com tudo relacionado com a tour japonesa da banda em 2011, enquanto que este "Made In Britain / The World Record" é um testemunho dos melhores momentos da banda em solo britânico, em nove espectáculos lotados (no primeiro cd, intitulado "Made In Britain") e no resto do mundo, ou concretamente, restante Europa e continente americano (segundo cd, intitulado "The World Record). A questão é, com apenas alguns meses de distância, será que vale a pena gastar dinheiro por algo que já se ouviu antes (isto, para aqueles que compraram "Made In Japan) ainda por cima numa altura em que o dinheiro é tão curto?

Para isso temos que comparar o alinhamento das duas propostas e na verdade, o primeiro cd, "Made In Britain" é praticamente igual a "Made In Japan, contendo mais três músicas e daqui se percebe o porquê deste ter saído depois de "Made In Japan", já que esta proposta é de longe superior, contendo uma perspectiva mais alargada do que foi a tour, capturando vários momentos, várias cidades e o talento da banda que acompanha Coverdale é uma coisa de outro mundo, sendo um verdadeiro luxo ter dois monstros da guitarra como Doug Aldritch e Reb Beach, lado a lado (ouvir os solos de guitarra onde os dois interagem em "Pistols At Dawn" e "Snake Dance". Se há um documento representativo dos Whitesnake na fase actual, este é o melhor, com som de topo, performances de igual calibre e um feeling de vitalidade que transpira por parte de uma banda que muitos já julgavam morta. Eles estão vivos e com genica!
 
Nota: 8.5/10
 
Review por Fernando Ferreira