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Slegest - "Løyndom" Review


One-man-band. Noruega. Black metal? Por incrível que pareça, não. Quer dizer. Não completamente. A voz de Ese certamente poderia estar numa banda de black metal ou pelo menos de death/black metal ou death/thrash/black ou outra qualquer coisa com black na designação, mas em termos sonoros o que se tem aqui é simplesmente Black Sabbath, cru, vintage e parcialmente cantado em norueguês que dá logo outro encanto à coisa. Ou pelo menos estranheza.

Em pouco mais de meia hora, os Slegest (ou como quem diz, Ese) desfilam uma série de malhas clássicas que apelam tanto ao apreciador de black metal (aquele que não ficou revoltado com os recentes trabalhos dos Darkthrone) como ao apreciador do som da velha guarda, sujo, mas cheio de feeling, coisa que transborda pelos poros nestas oito músicas. No entanto, e voltando a referir a voz, há um certo enfado que faz com que as vocalizações sejam deixadas para trás em relação à música, que verdadeiramente brilha. Fica um pouco o síndrome Bewitched, onde se fica com a ideia que na maior parte das vezes a música merecia um outro tipo de voz.

Independentemente disso, é um primeiro álbum forte, refrescante no panorama das one-man-band - não seria surpreendente que de um momento para o outro se tornasse uma banda a sério - pela sua proposta, com algumas falhas, é certo, mas o balanço é bem positivo. Pareceria algo como se que os Khold quisessem fazer um álbum inspirado nas décadas de setenta e oitenta. Com um resultado favorável. Viciante de uma forma extremamente intrigante com verdadeiros hinos como "The Path Of No Return".
 
Nota: 7.6/10

Review por Fernando Ferreira