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Fates Warning - "Darkness In A Different Light" Review


Os Fates Warning apresentam um estatuto quase lendário. Sendo uma das bandas pioneiras do metal progressivo juntamente com os Dream Theater e Queensryche, consolidaram uma carreira com registos de elevada qualidade. Ainda assim, foi preciso um hiato de quase uma década para termos notícias de Jim Matheos e companhia.

Este novo registo começa em força, sem grandes subtilezas, com "One Thousand Fires", que se inicia com um riff dinâmico que mostra com uma certa familiaridade a banda que estamos a ouvir, o que acaba por ser também evidenciado aqui com a voz de Ray Alder que se apresenta em boa forma.

Segue-se "Firefly", que é uma faixa que realça a aura melancólica que se despeja em leves tons de negro sobre o ouvinte, conquistando-o com facilidade. Em matéria de solos de guitarra temos uma constante qualidade, não fosse Matheos um guitarrista de mão cheia, apresentando uma leve dose de virtuosismo, sem nunca comprometer nem sufocar os temas com ele.

A fluidez dos temas é bastante impressionante, o que nos leva a entender este lançamento com a consciência de que a banda investiu muito no material que nos trouxe e está orgulhosa do mesmo.

Depois da toada mais morna de "Lighthouse", chega-nos "Into The Black" com uns teclados modestos que dão uma aura bastante etérea ao tema em si.

Chegando ao fim da empolgante "O Chloroform", vem o tema mais longo deste álbum, "And Yet It Moves", que tem início com uma secção acústica bem melódica, desdobrando-se num tema colossal, técnico, poderoso e intenso, fechando com chave de ouro um registo que mostra que os Fates Warning não devem ser esquecidos e ainda se encontram em posição de deixar os fãs boquiabertos.

Nota: 8.8/10

Review por Ruben Mineiro