Os Melvins são uma das bandas subestimadas mais sobrestimadas de que há memória. Parece confuso mas é simples. É daquelas bandas que fica "cool" a um músico referir como influência, mesmo que nunca os tenha ouvido antes ou nunca tenha prestado muita atenção. Que diabos, fica "cool" dizer que se gosta Melvins, seja porque motivo for, porque acaba por ser aquela banda que nunca teve muito sucesso comercial (talvez o pico tenha sido com "Houdini") mas que viu à sua volta criado uma curiosa aura de banda de culto. No entanto, também é uma banda que tem muita coisa boa e que está destinada a ficar constrangida à redoma do culto. Sendo assim, um álbum do grupo, é sempre algo que vai levantar alguma atenção por parte dos fãs e da crítica. Ainda mais quando esse álbum reúne a formação quase original, com a integração do baterista Mike Dillard que foi substituído por Dale Crover, que para este álbum tocou baixo.
Sendo assim, e como é uma espécie de regresso às origens em termos de formação, o som também acaba por recapturar aquele espírito punk/alternativo/meio new wave dos inícios dos anos oitenta - a banda completou trinta anos agora em 2013. Em termos práticos, resulta num bom álbum, mas que demora algum tempo a entranhar-se no corpo do ouvinte, mas assumindo que quando se entranha, já não consegue sair - "City Dump", "American Cow" e "Psychodelic Haze" são bons exemplos de como a música é esquisita como tudo, e, de certa forma, datada, mas como se instala de forma prolongada depois de algumas audições.
A questão é que... este álbum dificilmente agradará ao público, até mesmo ao público extremo. Será preciso ter a mente muita aberta. Escancarada mesmo. É um álbum que se assume como tudo aquilo que representa a identidade dos Melvins. Ponto. Não há qualquer hipótese aí. As hilariantes "Tie My Pecker To A Tree" e "99 Bottles Of Beer" são o exemplo de como este pessoal faz o que quer e normalmente o que quer até qualidade. Não será certamente um álbum para ouvir todos os dias, mas definitivamente será um álbum que daqui a alguns anos muitos músicos vão referir como influente nas suas vidas. Talvez algo desequilibrado, talvez algo excêntrico, talvez muito... Melvins.
Sendo assim, e como é uma espécie de regresso às origens em termos de formação, o som também acaba por recapturar aquele espírito punk/alternativo/meio new wave dos inícios dos anos oitenta - a banda completou trinta anos agora em 2013. Em termos práticos, resulta num bom álbum, mas que demora algum tempo a entranhar-se no corpo do ouvinte, mas assumindo que quando se entranha, já não consegue sair - "City Dump", "American Cow" e "Psychodelic Haze" são bons exemplos de como a música é esquisita como tudo, e, de certa forma, datada, mas como se instala de forma prolongada depois de algumas audições.
A questão é que... este álbum dificilmente agradará ao público, até mesmo ao público extremo. Será preciso ter a mente muita aberta. Escancarada mesmo. É um álbum que se assume como tudo aquilo que representa a identidade dos Melvins. Ponto. Não há qualquer hipótese aí. As hilariantes "Tie My Pecker To A Tree" e "99 Bottles Of Beer" são o exemplo de como este pessoal faz o que quer e normalmente o que quer até qualidade. Não será certamente um álbum para ouvir todos os dias, mas definitivamente será um álbum que daqui a alguns anos muitos músicos vão referir como influente nas suas vidas. Talvez algo desequilibrado, talvez algo excêntrico, talvez muito... Melvins.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
