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Amputated - "Dissect, Molest, Ingest" Review


Nome clássico do grind gore, death metal brutal inglês, que está de volta para o terceiro álbum de originais, depois de cinco anos de silêncio, não contando com o álbum ao vivo lançado o ano passado. Não seria de esperar que a banda mudasse o género ao terceiro álbum, principalmente por ainda se manter como uma das principais bandas da Sevared Records, conhecida editora underground norte-americana de death metal brutal.

Já se sabia então, de antemão, de que o que "Dissect, Molect, Ingest" iria trazer em termos líricos. Se não se soubesse, temas com títulos como "Infanticidal Dysmorphia", "Skullfuck Lobotomy" ou "Gorging On Putrid Discharge" deixam muito pouco espaço para a imaginação. Musicalmente, as coisas também não diferem muito dos dois álbuns anteriores, o que é pena porque um dos seus principais problemas sempre foi o "chugga chugga" que tem uma esperança média de vida muito curta. Faixas como a "Skullfuck Lobotomy" até conseguem contornar bem a questão do marasmo, com variação suficiente para que os seus dois minutos e meio sejam interessantes - mais do que isso também já seria abusar da sorte.

O mesmo já não acontece com "Psycotropic Suicide" que apesar de um começo prometor de riffalhadas interessantes, volta ao "chugga chugga" que aborrece de morte. O principal problema é o álbum ter trinta e cinco minutos apenas e antes de chegar a meio já se está a bocejar e a olhar para o relógio, a pensar no que há para o jantar. A brutalidade só é efectiva quando existe dinâmica e contraste suficiente que a evidencie. Ou então quando é realmente numa escala que rebente com a cabeça do ouvinte. Os Amputated nem estão num lado, nem estão noutro e no meio, está o aborrecimento. Não há nada pior do que ouvir death metal brutal e bocejar.


Nota: 5/10

Review por Fernando Ferreira