E dá-lhe death/thrash para a cabeça, mas daquele moderno como anda por aí a pontapés. Pode ser um mau indicador, mas quando se tem uma intro, chamada de "Prelude", só para desenjoar, e a mesma é feita com melodia movida a bateria, baixo e guitarras, dando ideia de um duelo numa qualquer terriola mexicana, a nossa atenção fica imediatamente captada. Efectivamente "Through Empty Eyes" não nos traz nada de novo ou nada que não se estivesse à espera, mas é daqueles casos em que simplesmente não importa. É como aqueles blockbusters de Verão em que se tem explosões e efeitos especiais a rodos. Tem-se expectativas elevadas mas no fundo já se sabe que a fórmula é quase toda a mesma.
Pegando no mesmo exemplo, é certo que certos filmes dessa categoria têm mais conteúdo que outros e aqui, a produção moderna e as melodias das guitarras não estão só para enganar os mais incautos. Há virtuosismo na parte instrumental e também uma tentativa de fugir ao óbvio no que às soluções para os arranjos e estruturas das músicas diz respeito. Nem sempre se consegue, mas não se tem o mesmo de sempre. É essa diferença que faz com que este "Our Frail Existence" vá rodando com headbanging de consentimento. Quem não faz headbanging, não conseguirá evitar, no mínimo, de bater o pé.
Desde a melodia de "Await Pain", cujas vocalizações fazem lembrar Crematory (of all people!) até ao poderio metálico de "Catharsis" sem esquecendo a violência de temas como "Corpsemourn" e "Circle's End", este álbum é o melhor exemplo de que a música moderna também pode ter conteúdo e poder. Talvez não sobreviva a longo prazo... talvez seja engolido na torrente infindável de lançamentos mensais que o consumidor é brindado todos os meses, mas um tema como "Thanatology" grita a clássico por todos os lados. Agora ou daqui a dez anos.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Pegando no mesmo exemplo, é certo que certos filmes dessa categoria têm mais conteúdo que outros e aqui, a produção moderna e as melodias das guitarras não estão só para enganar os mais incautos. Há virtuosismo na parte instrumental e também uma tentativa de fugir ao óbvio no que às soluções para os arranjos e estruturas das músicas diz respeito. Nem sempre se consegue, mas não se tem o mesmo de sempre. É essa diferença que faz com que este "Our Frail Existence" vá rodando com headbanging de consentimento. Quem não faz headbanging, não conseguirá evitar, no mínimo, de bater o pé.
Desde a melodia de "Await Pain", cujas vocalizações fazem lembrar Crematory (of all people!) até ao poderio metálico de "Catharsis" sem esquecendo a violência de temas como "Corpsemourn" e "Circle's End", este álbum é o melhor exemplo de que a música moderna também pode ter conteúdo e poder. Talvez não sobreviva a longo prazo... talvez seja engolido na torrente infindável de lançamentos mensais que o consumidor é brindado todos os meses, mas um tema como "Thanatology" grita a clássico por todos os lados. Agora ou daqui a dez anos.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
