O... que... raio... é... isto...?! É esta a reacção, de certeza, aos que ouvem pela primeira vez os Nox Vomica, uma banda norte-americana, que começou de uma base quase puramente punk, com death metal e muita melodia nas guitarras à mistura (no primeiro álbum de 2007, "A Civilized World"), cedo evoluiu para algo mais cuidado, juntando um pouco de progressão à sua música e uma certa vontade de quebrar ainda mais barreiras (no segundo álbum, "Asleep In The Ashes", lançado em 2009). Todos os elementos anteriores aparecem aqui, neste álbum auto-intitulado, o seu terceiro, mas de uma forma diferente. Revolucionariamente diferente. Mais opressivo, mais pesado, mais negro, mais intenso, mais belo. Mais.
Composto por três temas apenas, o primeiro de treze minutos, o segundo de doze e o terceiro de vinte, estes quarenta e cinco minutos passam a voar. Por incrível que se pareça, voam. Isto quando quase se perde noção da passagem de tema para tema. É a esse nível que vai a coesão do álbum. Se pegarmos no primeiro tema, "Sanity Is For The Passive", cujo início é de uma potência descomunal, ele cedo descamba para um doom/sludge de proporções biblícas. No entanto, a sua passagem para o segundo tem "Reeling" é tão suave que embala na sua melodia. A intensidade volta não muito tempo depois mas sempre com um sentido de melodia melancólica que conquista por completo o ouvinte indefeso. Aquele baixo hipnotiza, ali por volta dos quatro minutos Um grande tema que faz com que se fique a salivar por mais. Muito mais!
Quando se chega ao grande final, "Choked At The Roots", já se está completamente rendido à qualidade deste álbum. Até apetece dizer que não seria necessário mais uma bomba destas, mas isso também seria diferente. Juntando ambiência e (ainda mais) progressão às ligeiras influências de black/death/doom épico das duas faixas anteriores, este tema é uma coisa do outro mundo. De intensidade, de beleza, de impacto. Quando chega ao final há um sentimento de negação que se instala. Um sentimento de esquecimento. De confusão. De saber que se ouviu algo extraordinário mas não se conseguir apontar o quer que seja para descrever ao certo. A única coisa que fica é mesmo ter a certeza de que se quer mais. Muito... MAIS!
Nota: 9.5/10
Review por Fernando Ferreira
Composto por três temas apenas, o primeiro de treze minutos, o segundo de doze e o terceiro de vinte, estes quarenta e cinco minutos passam a voar. Por incrível que se pareça, voam. Isto quando quase se perde noção da passagem de tema para tema. É a esse nível que vai a coesão do álbum. Se pegarmos no primeiro tema, "Sanity Is For The Passive", cujo início é de uma potência descomunal, ele cedo descamba para um doom/sludge de proporções biblícas. No entanto, a sua passagem para o segundo tem "Reeling" é tão suave que embala na sua melodia. A intensidade volta não muito tempo depois mas sempre com um sentido de melodia melancólica que conquista por completo o ouvinte indefeso. Aquele baixo hipnotiza, ali por volta dos quatro minutos Um grande tema que faz com que se fique a salivar por mais. Muito mais!
Quando se chega ao grande final, "Choked At The Roots", já se está completamente rendido à qualidade deste álbum. Até apetece dizer que não seria necessário mais uma bomba destas, mas isso também seria diferente. Juntando ambiência e (ainda mais) progressão às ligeiras influências de black/death/doom épico das duas faixas anteriores, este tema é uma coisa do outro mundo. De intensidade, de beleza, de impacto. Quando chega ao final há um sentimento de negação que se instala. Um sentimento de esquecimento. De confusão. De saber que se ouviu algo extraordinário mas não se conseguir apontar o quer que seja para descrever ao certo. A única coisa que fica é mesmo ter a certeza de que se quer mais. Muito... MAIS!
Nota: 9.5/10
Review por Fernando Ferreira
