A entrada de "Rough Ride" não podia ser mais clichê - um som de uma moto a trabalhar e a arrancar em alta velocidade - e até mesmo o início da música soa familiar, uma grande guitarrada rock'n'roll. Pode indicar já algo suficiente para ser posto de parte por todos os que procuram algo de novo. Essas mesmas pessoas podem-se arrepender pela pura e crua energia em que a faixa se transforma com um ritmo frenético e solos de guitarra à velocidade da luz. Fazendo uma comparação parva mas necessária, o que se tem aqui, basicamente, é como se os AC-DC tivessem tido transfusões de sangue e desatassem a tocar thrash metal. Se pegarmos o tema título, tem tanto de feeling rockeiro como de thrash metal - os riffs nos versos parece que foram gamados à "Phantom Lord" dos Metallica.
É um sem fim de energia que se torna contagiante que levanta algumas questões. Este é o terceiro álbum. O tal. Mais do que ser pertinente perguntar se realmente esta é a confirmação de que os Delirium Tremens são uma banda, ou melhor, uma força a ter em conta, tem que se perguntar... porque é que não se ouviu falar desta banda antes?! Em onze músicas, não há um momento para descanso, é full throttle 100% onde até uma cover punk soa essencial - "Hoy Hey Live To Rock" da Wendy O. Williams. Chamar o quer que seja de perfeito é sempre discutível porque gostos são gostos e cada um tem o seu, mas quando algo soa tão nostálgico, tão refrescante e tão viciante, tudo ao mesmo tempo, é porque algo de especial se passa.
E é o que se passa exactamente aqui, sem tirar nem pôr. Que se esqueça a originalidade, que se esqueça o experimentalismo. Para quem gostar de thrash metal, este é o álbum a ouvir. Algo que junta a potência do estilo norte-americano com a agressividade do alemão, a junção perfeita entre dois mundos que cada um deles tem os seus adeptos. Mais do que ser retro, mais do que tentar pertencer a uma categoria ou moda recente, os Delirium Tremens lançam uma pérola de thrash metal que talvez não seja reconhecido como tal agora ou nos próximos anos, mas que é urgente descobrir por qualquer um que se intitule thrasher.
Nota: 9.2/10
Review por Fernando Ferreira
É um sem fim de energia que se torna contagiante que levanta algumas questões. Este é o terceiro álbum. O tal. Mais do que ser pertinente perguntar se realmente esta é a confirmação de que os Delirium Tremens são uma banda, ou melhor, uma força a ter em conta, tem que se perguntar... porque é que não se ouviu falar desta banda antes?! Em onze músicas, não há um momento para descanso, é full throttle 100% onde até uma cover punk soa essencial - "Hoy Hey Live To Rock" da Wendy O. Williams. Chamar o quer que seja de perfeito é sempre discutível porque gostos são gostos e cada um tem o seu, mas quando algo soa tão nostálgico, tão refrescante e tão viciante, tudo ao mesmo tempo, é porque algo de especial se passa.
E é o que se passa exactamente aqui, sem tirar nem pôr. Que se esqueça a originalidade, que se esqueça o experimentalismo. Para quem gostar de thrash metal, este é o álbum a ouvir. Algo que junta a potência do estilo norte-americano com a agressividade do alemão, a junção perfeita entre dois mundos que cada um deles tem os seus adeptos. Mais do que ser retro, mais do que tentar pertencer a uma categoria ou moda recente, os Delirium Tremens lançam uma pérola de thrash metal que talvez não seja reconhecido como tal agora ou nos próximos anos, mas que é urgente descobrir por qualquer um que se intitule thrasher.
Nota: 9.2/10
Review por Fernando Ferreira
