Frontiers. Catálogo mundial que mais monstros sagrados do rock que reúne. Ultrapassada esta questão recorrente, vamos focar-nos no novo trabalho dos Uriah Heep. Os Heep, a par dos Jethro Tull e dos Deep Purple, sempre foram uma das bandas com som mais reconhecível de imediato, muito graças ao seu uso do orgão que tornaram músicas como "Stealin'" clássicos intemporais do rock. É também uma das bandas mais estáveis a nível de alinhamento e de carreira - a nível de lançamentos de trabalhos originais, houve uma distância de dez anos entre "Sonic Origami" de 1998 e "Wake Sleeper" de 2008. Sempre em tour, sempre em actividade, os anos parece que não passam pela banda britânica.
A questão que se coloca é... será que este manter em actividade produz algo relevante em termos criativos? Ou seja, a questão Deep Purple. Lançar álbuns quando tudo o que os fãs querem é vê-los ao vivo para tocar as mesmas músicas de sempre. Não querendo dizer que os Purple não são válidos criativamente mas se compararmos qualquer álbum lançado depois dos anos noventa para qualquer lançado nos anos setenta, podermos certamente constatar o abismo entre as duas eras. E é nesse ponto em que se insere "Outsider". É inegável a sua qualidade e que tem bons temas como "Rock The Foundation" e o tema título mas não há nada aqui que chegue aos calcanhares do que já foi feito pela banda anteriormente e a melhor forma de experimentar "Outsider" é esquecer que é uma banda com quase cinquenta anos de actividade e que o seu pico já aconteceu há muito tempo.
Assim sendo, "Kiss The Rainbow" e "The Law" provam que apesar da idade, ainda há aqui muita vitalidade e muito talento para compor bons temas rock clássico que os apreciadores do género vão certamente apreciar. Só é preciso retirar o peso e a herança que um nome como Uriah Heep provoca. Depois disso, não há como não apreciar o rock de qualidade que os cinquenta minutos de "Outsider" oferecem. E quando eles tiverem em tour, já se pode ouvir todos os clássicos da sua carreira, intercalados com um ou outro tema deste álbum.
A questão que se coloca é... será que este manter em actividade produz algo relevante em termos criativos? Ou seja, a questão Deep Purple. Lançar álbuns quando tudo o que os fãs querem é vê-los ao vivo para tocar as mesmas músicas de sempre. Não querendo dizer que os Purple não são válidos criativamente mas se compararmos qualquer álbum lançado depois dos anos noventa para qualquer lançado nos anos setenta, podermos certamente constatar o abismo entre as duas eras. E é nesse ponto em que se insere "Outsider". É inegável a sua qualidade e que tem bons temas como "Rock The Foundation" e o tema título mas não há nada aqui que chegue aos calcanhares do que já foi feito pela banda anteriormente e a melhor forma de experimentar "Outsider" é esquecer que é uma banda com quase cinquenta anos de actividade e que o seu pico já aconteceu há muito tempo.
Assim sendo, "Kiss The Rainbow" e "The Law" provam que apesar da idade, ainda há aqui muita vitalidade e muito talento para compor bons temas rock clássico que os apreciadores do género vão certamente apreciar. Só é preciso retirar o peso e a herança que um nome como Uriah Heep provoca. Depois disso, não há como não apreciar o rock de qualidade que os cinquenta minutos de "Outsider" oferecem. E quando eles tiverem em tour, já se pode ouvir todos os clássicos da sua carreira, intercalados com um ou outro tema deste álbum.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
Review por Fernando Ferreira
