Mais uma banda de metal da Suiça, o país que até nem tem grande tradição, apesar de alguns grandes nomes, nos mais variados géneros , sendo que o heavy/power metal não é um deles e tal situação também não parece mudar tão cedo. Medusa’s Child chegam à marca do quarto álbum com este “Empty Sky” e apesar de não ser um trabalho que seja necessariamente mau, acaba por também não ter aquilo que o fará lembrar ou sequer sobressair perante tudo o que já foi feito no género – nos dias de hoje, esta é cada vez mais uma questão fundamental.
As músicas sofrem de uma produção que não as favorece e se o contrário acontecesse, até conseguia disfarçar o facto de grande parte das mesmas serem algo genéricas, sem conseguirem causar o mínimo de entusiasmo para quem é algo mais exigente. E qual é o grande problema de soar genérico? É que tudo soa a déjà vú. Tudo é previsível. Os solos aparecem no sítio que se prevê, da forma como se prevê, assim como a voz tem o timbre que se antecipa e os teclados são usados da mesma forma.
Ouvindo uma música, até se pode ficar curioso por ouvir mais, mas ouvir um álbum inteiro é uma tarefa que acaba por ser encarada da mesma forma que tomar atenção a música de elevador durante mais de dez minutos. Existem aqui momentos em que existe realmente algo mais que prende a atenção, sendo o momento mais alto a “Beethoven’s Kiss”, que até usa um trecho da “5ª Sinfonia” do famoso compositor, e que resulta muito bem. Ao quarto álbum, exigia-se mais, havendo, de forma inegável talento, só que ainda não se encontrou a forma desse mesmo se materializar em algo mais do que medianas músicas de heavy metal melódico ou power metal europeu.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
