Ao álbum de estreia, os Season Of Arrows quase que conseguem aquilo que está instituído (sabe-se lá por quem) atingir-se apenas ao terceiro: uma certeza de qualidade. Este quintento norte-americano move-se pelos géneros mais paquidérmicos da música pesada, entre eles o stoner, o sludge e o doom de forma graciosa, muito graças à prestação da sua vocalista, Stormie Wakefield, que acrescenta um certo sabor alternativo, indie e até shoegaze à sua música. Uma mistura vencedora.
Basta ouvir temas como "Soul Of The City" ou "Trace Elements" para embarcar numa viagem que se revela sem volta, a viagem que tem como destino ficar-se fascinado com o som da banda de Nashville, e principalmente pela forte dinâmica psicadélica que estes quase cinquenta minutos de música conseguem emanar. Pode parecer um lugar comum hoje em dia, ter uma vocalista feminina a comandar hostes masculinas de doom, retro, psicadélico, whatever, mas a verdade é que o que se ouve aqui é realmente excelente no campo em que se propõe viajar. Uma mistura de algo como Isis com Jane's Addiction, perdoe-se o exagero das comparações com as duas bandas mencionadas e a omissão de tantas outras em iguais condições para figurarem na lista de influências.
A voz de Stormie poderá causar algum cansaço para alguns, assim como a de Perry Farrel (dos Jane's Addiction) mas não será necessário ser fã dos nomes atrás mencionados para reconhecer a qualidade que estas nove músicas têm. Aliás, para uma banda que começou este ano e já lançou um álbum deste calibre, é porque há muito talento aqui em bruto, mesmo sendo uma questão que só tempo poderá confirmar - sobretudo o tal inevitável terceiro trabalho.
Nota: 8.4/10
Review por Fernando Ferreira
Basta ouvir temas como "Soul Of The City" ou "Trace Elements" para embarcar numa viagem que se revela sem volta, a viagem que tem como destino ficar-se fascinado com o som da banda de Nashville, e principalmente pela forte dinâmica psicadélica que estes quase cinquenta minutos de música conseguem emanar. Pode parecer um lugar comum hoje em dia, ter uma vocalista feminina a comandar hostes masculinas de doom, retro, psicadélico, whatever, mas a verdade é que o que se ouve aqui é realmente excelente no campo em que se propõe viajar. Uma mistura de algo como Isis com Jane's Addiction, perdoe-se o exagero das comparações com as duas bandas mencionadas e a omissão de tantas outras em iguais condições para figurarem na lista de influências.
A voz de Stormie poderá causar algum cansaço para alguns, assim como a de Perry Farrel (dos Jane's Addiction) mas não será necessário ser fã dos nomes atrás mencionados para reconhecer a qualidade que estas nove músicas têm. Aliás, para uma banda que começou este ano e já lançou um álbum deste calibre, é porque há muito talento aqui em bruto, mesmo sendo uma questão que só tempo poderá confirmar - sobretudo o tal inevitável terceiro trabalho.
Nota: 8.4/10
Review por Fernando Ferreira
