Mais um lançamento de heavy metal por parte do grupo Pure Publishing, desta feita a Pure Underground. Antes sequer da música começar a soar, um ponto negativo: a capa é horrível. Dona de uma certa ingenuidade que desperta ternura por nos fazer lembrar outras capas horríveis de grandes álbuns da década de oitenta, não deixa de ser horrível. O que é que isso interessa, poderá perguntar quem está a ler estas linhas agora? A música fala sempre mais alto, no entanto as indicações que a capa deixa, são confirmadas pela música. "Hero Of The Day" - não é uma cover dos Metallica - é um heavy metal vigoroso que revela duas pontos fracos logo ao mesmo tempo. A voz de Tobias Hübner aparece alta demais na mistura e revela-se com algumas fragilidades que já são clichês estabelecidos do power metal europeu e em parte daquilo que se convencionou por chamar de true heavy metal.
Apesar dessas sensações desagradáveis que ficam em mente quando se ouve cada uma das nove faixas contidas em "The Prophecy", não há como negar de que instrumentalmente as coisas correm muito bem e que até se a voz não tivesse tão alta na mistura, a coisa até se disfarçava. Conforme o álbum avança, nota-se a instalar um outro problema: o álbum é grande demais e algumas músicas grandes demais para o seu próprio bem - algumas abusam realmente do tempo, outras simplesmente não são grande coisa. Estando enquadrado entre aquelas bandas que surgiram (e ressurgiram) no final da década passada, o sabor a mofo - que admitamos, nunca aparece nas obras maiores, independentemente do tempo que já têm às costas - começa a ser uma constante.
Resumindo, bons solos, boas prestações individuais, péssima capa, vocalista que resultava melhor mais comedido tanto na prestação como no volume na mistura final e músicas que insistem em bater na mesma tecla e a tecla que batem até nem é grande coisa ("Dark Secret" é um bom exemplo.), produção mediana e músicas que vão além das suas capacidades em termos de duração, resultando num álbum que sofre do mesmo mal. Para quem gosta de heavy metal tradicional encontrará algumas razões para ouvir este álbum umas quantas vezes, mas difícilmente terá argumentos para pegar nele anos mais tarde.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
Apesar dessas sensações desagradáveis que ficam em mente quando se ouve cada uma das nove faixas contidas em "The Prophecy", não há como negar de que instrumentalmente as coisas correm muito bem e que até se a voz não tivesse tão alta na mistura, a coisa até se disfarçava. Conforme o álbum avança, nota-se a instalar um outro problema: o álbum é grande demais e algumas músicas grandes demais para o seu próprio bem - algumas abusam realmente do tempo, outras simplesmente não são grande coisa. Estando enquadrado entre aquelas bandas que surgiram (e ressurgiram) no final da década passada, o sabor a mofo - que admitamos, nunca aparece nas obras maiores, independentemente do tempo que já têm às costas - começa a ser uma constante.
Resumindo, bons solos, boas prestações individuais, péssima capa, vocalista que resultava melhor mais comedido tanto na prestação como no volume na mistura final e músicas que insistem em bater na mesma tecla e a tecla que batem até nem é grande coisa ("Dark Secret" é um bom exemplo.), produção mediana e músicas que vão além das suas capacidades em termos de duração, resultando num álbum que sofre do mesmo mal. Para quem gosta de heavy metal tradicional encontrará algumas razões para ouvir este álbum umas quantas vezes, mas difícilmente terá argumentos para pegar nele anos mais tarde.
Nota: 6/10
Review por Fernando Ferreira
