A regularidade discográfica da carreira dos dinamarqueses Illdisposed só pode ser comparada com a qualidade dos seus trabalhos. É certo que o seu último trabalho apresentava um groove que muitos poderiam ficar de pé atrás, considerando-o muito moderno, mas com este "With The Lost Souls On Our Side", eles apresentam-se cada vez mais brutos, old school e directos. Em termos evolutivos poderá considerar-se um passo atrás, ou até mesmo marcar passo, mas a verdade é que é exibida uma vitalidade que acaba por surpreender, em conjugação com o tal feeling clássico, mantendo a produção hiper, mega, moderna que só faz com que o seu som fique poderoso.
Embora a melodia possa ter diminuido em muito a favor da brutalidade, ela ainda aparece aqui de vez em quando como é o caso da antémica "Light In The Dark", ou dos leads e solos melódicos da "To Be Dealt With". O tom geral é death metal old school e poderoso, e, de vez em quando, com um certo groove - impossível alguma cabeça ficar indiferente ao poderio da "I Am What I Am" - mas o que se nota principalmente é que não o imediatismo que houve no anterior álbum. Apenas ao fim de algumas audições é que a coisa começa a entrar e é nessa altura que se fica completamente agarrado.
Talvez não tenha argumentos para sobreviver ao teste do tempo, para se destacar entre todos os lançamentos do género ou até mesmo para se destacar da discografia da banda, já com doze álbuns de originais (contando com este), mas a verdade é que estas doze músicas, (tendo em conta os dois bónus da edição digipack são doze malhas de death metal poderoso que mesmo que não revolucionem o género, fazem abanar a cabeça, e muito, de todos aqueles que o amam. Pelo menos aqueles que não tenham preconceito contra o som moderno.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Embora a melodia possa ter diminuido em muito a favor da brutalidade, ela ainda aparece aqui de vez em quando como é o caso da antémica "Light In The Dark", ou dos leads e solos melódicos da "To Be Dealt With". O tom geral é death metal old school e poderoso, e, de vez em quando, com um certo groove - impossível alguma cabeça ficar indiferente ao poderio da "I Am What I Am" - mas o que se nota principalmente é que não o imediatismo que houve no anterior álbum. Apenas ao fim de algumas audições é que a coisa começa a entrar e é nessa altura que se fica completamente agarrado.
Talvez não tenha argumentos para sobreviver ao teste do tempo, para se destacar entre todos os lançamentos do género ou até mesmo para se destacar da discografia da banda, já com doze álbuns de originais (contando com este), mas a verdade é que estas doze músicas, (tendo em conta os dois bónus da edição digipack são doze malhas de death metal poderoso que mesmo que não revolucionem o género, fazem abanar a cabeça, e muito, de todos aqueles que o amam. Pelo menos aqueles que não tenham preconceito contra o som moderno.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
