Quando se fala que thrash metal é um estilo esgotado, já nem na altura que ele estava na mó de baixo em termos de interesse isso fazia sentido, quanto mais agora que temos milhentas propostas todos os meses. Claro que essa oferta faz também com que existam muitas bandas que não são assim tão boas quanto isso, mas é inegável que o estilo vive um momento óptimo com inúmeroas ofertas e são bandas como os Expain que fazem com que o estilo fique fresco apesar das inúmeras ofertas. O press-release pode assustar já que refere como influências ou semelhanças com thrash/death/punk e com as bandas Black Dahlia Murder, Revocation, Slayer, Metallica, Megadeth, Municipal Waste.
Qualquer um dos nomes citados poderá ser redutor, mas de certa forma, todos fazem sentido. É thrash, tem elementos death, uma certa simplicidade punk por vezes, o elemento técnico de uns Megadeth, Revocation, a potência vocal de uns Black Dahlia Murder, aquele feeling thrash que os Slayer e Metallica tinham nos anos oitenta. A introdução "Bacchus" dá o mote e é passível de enganar aqueles que não sabem ao que vêm, com um minuto de instrumentação digna de figurar num álbum metal progressivo, técnico, mas conforme "Aggressions Progression" explode nas colunas, fica-se refém de um som técnico e empolgante onde cada música tem muitas ideias, tenta ir a muitos sítios e realmente cumpre com essa intenção. A voz de Daniel Brand é agressiva e rasgada fazendo um pouco Chuck Schuldiner se o timbre da sua voz fosse um pouco mais grave enquanto todos os restantes instrumentos são muito bem tratados, principalmente no que diz respeito às guitarras e ao baixo - com uns certos tiques à la Steve DiGiorgio, sempre bem vindos.
O mais incrível disto tudo é que esta banda, lança um álbum destes e... não tem editora! Mais uma daqueles situações em que nos questionamos onde anda a justiça neste mundo, com tantas apostas em trabalhos que apenas têm sustentação na imagem, em marketing, em tudo menos na música, enquanto bandas como os Expain lançam um álbum de estreia que dá monumentais coças a muitos veteranos que por aí andam. Sem dúvida, uma das grandes surpresas de 2014, e definitivamente, uma das grandes apostas para o futuro. Enorme álbum e enorme diamante em bruto, imperdível.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Qualquer um dos nomes citados poderá ser redutor, mas de certa forma, todos fazem sentido. É thrash, tem elementos death, uma certa simplicidade punk por vezes, o elemento técnico de uns Megadeth, Revocation, a potência vocal de uns Black Dahlia Murder, aquele feeling thrash que os Slayer e Metallica tinham nos anos oitenta. A introdução "Bacchus" dá o mote e é passível de enganar aqueles que não sabem ao que vêm, com um minuto de instrumentação digna de figurar num álbum metal progressivo, técnico, mas conforme "Aggressions Progression" explode nas colunas, fica-se refém de um som técnico e empolgante onde cada música tem muitas ideias, tenta ir a muitos sítios e realmente cumpre com essa intenção. A voz de Daniel Brand é agressiva e rasgada fazendo um pouco Chuck Schuldiner se o timbre da sua voz fosse um pouco mais grave enquanto todos os restantes instrumentos são muito bem tratados, principalmente no que diz respeito às guitarras e ao baixo - com uns certos tiques à la Steve DiGiorgio, sempre bem vindos.
O mais incrível disto tudo é que esta banda, lança um álbum destes e... não tem editora! Mais uma daqueles situações em que nos questionamos onde anda a justiça neste mundo, com tantas apostas em trabalhos que apenas têm sustentação na imagem, em marketing, em tudo menos na música, enquanto bandas como os Expain lançam um álbum de estreia que dá monumentais coças a muitos veteranos que por aí andam. Sem dúvida, uma das grandes surpresas de 2014, e definitivamente, uma das grandes apostas para o futuro. Enorme álbum e enorme diamante em bruto, imperdível.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
