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Psychotic Gardening - "Hymnosis" Review


Os Psychotic Gardening foram criados por Chuck Labossiere, na altura, em 1995, nos Immortal Possession, como projecto paralelo ou a solo e com a intenção de fazer algo extremo mas diferente, novo e experimental. A banda lançou a sua estreia em 1998 mas apenas voltaria à carga em 2007, tendo lançado até agora mais dois álbuns, sendo o último este "Hymnsosis". Desconhecendo tudo isto que foi dito e apenas ouvindo a "Hymnosis", não se pode dizer que a abordagem à música extrema - uma mistura entre death metal e pitadas de black metal sinfónico e melódico aqui e ali - seja algo refrescante, diferente ou até experimental, até porque bandas com três vocalistas a alternar registos entre o gutural e o gritar arranhado não é propriamente novidade.

Isso não quer dizer que a música deste quarto álbum é desinteressante. Não é. A brutalidade de "Origin Of The Infection" é intercalada com o groove de "Defile" e com a esquisitice sinfónica a ritmo doom e com um grande solo de guitarra de "Re-Hybridized Strain" ou com a abordagem mais death metal in your face de "Mindfold" e é com esta dinâmica que os Psychotic Gardening vão construindo "Hymnosis", não querendo com isto também dizer que a dinâmica resulta em pleno. O risco que poderiam correr com tantas abordagens diferentes seria de não criarem nada uniforme e é isso que acaba por acontecer: o efeito manta de retalhos.

Sendo como uma montanha-russa, sempre com curvas, loops e altos e baixos inesperados, a fluidez até é alguma, a questão é mesmo é que não há aqui nenhuma faixa extraordinariamente memorável, a não ser a "Open Casket", cover dos Death (que conta com Tim Roth dos Into Eternity e Chuck Wepfer dos Broken Hope - banda para quem Labossiere fez voz ao vivo). Quando um dos singles é uma cover, mesmo que bastante alterada a nível de tempos, e quando essa mesma cover é o destaque de um álbum... bem, já se viu isso a acontecer com álbuns de rock/pop, álbuns de sucesso. No caso do som sagrado, normalmente costuma ser mau sinal.


Nota: 5.5/10

Review por Fernando Ferreira