Um dos fenómenos dos tempos modernos na música pesada é existirem bandas clássicas que são chamadas de tal por existirem há bastante tempo e por lançarem álbuns há bastante tempo mas que conseguiram manter-se discretos por maior parte do tempo, provavelmente contra os seus esforços. Os Reaper são um desses casos. Fundados em 1984, lançaram apenas o primeiro álbum em 1990 e tiveram pausas entre álbuns de oito anos (entre o segundo e terceiro), nove anos (entre o terceiro e o quarto) e cinco anos (entre o quarto e este) o que revela para já que proficuidade não há muita por aqui.
Nada disso interessa se a música for excelente e... ela é boa. Não é excelente. A produção é pujante, embora soando um pouco como outras propostas do género - o género é power/heavy metal na onda dos Grave Digger. Por falar em Grave Digger, a voz de Daniel Zimmerman faz lembrar por diversas ocasiões a de Chris Boltendahl embora não seja tão adoravelmente má, ainda assim, tendo bagaço nas cordas vocais capaz de colocar a dormir um autocarro cheio de hooligans. O prato cheio de "An Atheist Monument" está mesmo no instrumental, principalmente no trabalho de guitarras. "Hetoimasia" deixa logo essa indicação, mas durante o álbum temos diversas outras ocasiões, seja no tema título na "Hail The New Age" ou na "1943".
O problema é mesmo que como álbum não convence, havendo certos momentos em que simplesmente as coisas não têm o fulgar que a já mencionada "Hetoimasia" previa e não existem por aqui muitos momentos memoráveis, daqueles que fazem com que se tornem clássicos do género. Talvez seja pedir demasiado, no entanto foram essas as expectativas criadas no início do álbum. Ainda assim, é uma proposta sólida, com bons riffs e bons solos. Só falta ter excelentes malhas que por sua fez se traduz num excelente álbum.
Nota: 6.9/10
Review por Fernando Ferreira
Nada disso interessa se a música for excelente e... ela é boa. Não é excelente. A produção é pujante, embora soando um pouco como outras propostas do género - o género é power/heavy metal na onda dos Grave Digger. Por falar em Grave Digger, a voz de Daniel Zimmerman faz lembrar por diversas ocasiões a de Chris Boltendahl embora não seja tão adoravelmente má, ainda assim, tendo bagaço nas cordas vocais capaz de colocar a dormir um autocarro cheio de hooligans. O prato cheio de "An Atheist Monument" está mesmo no instrumental, principalmente no trabalho de guitarras. "Hetoimasia" deixa logo essa indicação, mas durante o álbum temos diversas outras ocasiões, seja no tema título na "Hail The New Age" ou na "1943".
O problema é mesmo que como álbum não convence, havendo certos momentos em que simplesmente as coisas não têm o fulgar que a já mencionada "Hetoimasia" previa e não existem por aqui muitos momentos memoráveis, daqueles que fazem com que se tornem clássicos do género. Talvez seja pedir demasiado, no entanto foram essas as expectativas criadas no início do álbum. Ainda assim, é uma proposta sólida, com bons riffs e bons solos. Só falta ter excelentes malhas que por sua fez se traduz num excelente álbum.
Nota: 6.9/10
Review por Fernando Ferreira
