Os Earthship são uma banda alemã que se movimenta pelos meandros do sludge/doom e no espaço dos quatro anos que a banda existe, este “Withered” é já o seu terceiro álbum. Como nem sempre (ou quase nunca) quantidade significa qualidade, o que realmente interessa são as dez músicas que se podem ouvir aqui. Se a “Sanguine” pode não impressionar, o poderio sujo de “Serpent Cult” deverá ser suficiente para converter qualquer um que seja mais céptico. Groove, vocalizações potentes bem alternadas com outras mais melódicas.
As guitarras são realmente um dos pontos de destaque e quando são ajudadas por uma produção poderosa, bem orgânica, o efeito é ainda mais demolidor. No entanto não se trata de força bruta pela força bruta, é possível distinguir bons pormenores e arranjos que poderão surpreender, assim como harmonias entre as duas guitarras, sem falar nos ocasionais solos. Há também um certo encanto Entombed que encaixa muito bem, na tonalidade das guitarras, mas também existe uma certa beleza etérea, própria dos The Ocean que é muito bem vinda.
A força deste álbum acaba por ser a sua natureza contraditória. Apesar de ser doom, claramente, tem também uma raça e energia que apesar de não serem próprios do estilo, assentam-lhe que nem uma luva – ouvir a “Emerald Blades” para esse efeito. É um álbum que parece que voa na sua duração e o final chega cedo demais, sendo esse o seu principal defeito. Três álbuns lançados em quatro anos e a qualidade a subir a pique. Confirma-se, temos banda!
Nota: 8.6/10
Review por Fernando Ferreira
As guitarras são realmente um dos pontos de destaque e quando são ajudadas por uma produção poderosa, bem orgânica, o efeito é ainda mais demolidor. No entanto não se trata de força bruta pela força bruta, é possível distinguir bons pormenores e arranjos que poderão surpreender, assim como harmonias entre as duas guitarras, sem falar nos ocasionais solos. Há também um certo encanto Entombed que encaixa muito bem, na tonalidade das guitarras, mas também existe uma certa beleza etérea, própria dos The Ocean que é muito bem vinda.
A força deste álbum acaba por ser a sua natureza contraditória. Apesar de ser doom, claramente, tem também uma raça e energia que apesar de não serem próprios do estilo, assentam-lhe que nem uma luva – ouvir a “Emerald Blades” para esse efeito. É um álbum que parece que voa na sua duração e o final chega cedo demais, sendo esse o seu principal defeito. Três álbuns lançados em quatro anos e a qualidade a subir a pique. Confirma-se, temos banda!
Nota: 8.6/10
Review por Fernando Ferreira
