O black metal norte-americano está mesmo a dar cartas. E nem estamos a falar daquele que dá nas vistas por ser esquisito ou por ser pós-qualquer-coisa, embora esse também se destaque, embora possa haver uma aproximação com a cena francesa, principalmente no inídio da carreira dos Nightbringer. No entanto, esses tempos já lá vão, pelo menos a avaliar por este “Ego Dominus Tuus”. O foco aqui é a velocidade supersónica, sem perdão e sem contemplações, um pouco à semelhança com aquilo que os Dark Funeral gostam de fazer. Ou seja, ainda não foi desta que os Nightbringer conseguiram inovar, mas considerando que estamos a falar de black metal, esta afirmação vale o que vale.
Portanto, o problema não será a colagem à abordagem de black metal bruto à velocidade da luz, característica dos Dark Funeral – até porque este tipo de som não é seu exclusivo – o problema acaba por ser a duração das suas músicas. Existem alguns momentos com dinâmica, em que temos alguma variação de tempos, como nos temas “I Am The Gateway” e “The Witchfires Of Tubal-Qayin” mas a questão é que este álbum é enorme para ter uma abordagem tão uptempo. A palavra certa é mesmo “demasiado”. Demasiado tudo. E o que o safa é mesmo a abordagem ser tradicional, porque se apresentassem os trejeitos à lá Deathspell Omega dos primeiros álbuns, aí é que seria insuportável.
Um grande álbum não se mede só pela qualidade das suas músicas, pelo o seu alinhamento, mas também na forma como se percebe que o mesmo funciona como um todo e neste caso, setenta e um minutos de black metal, mesmo com alguns pormenores ambientais e algumas (poucas) dinâmicas é demasiado para que se consiga apreciar da forma como as músicas aqui merecem. Não bastará ouvir o álbum muitas vezes, porque quantas mais audições se dedicam a ele, mais se chega à conclusão de que antes de ser um grande álbum é um álbum grande. Demasiado grande.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira
Portanto, o problema não será a colagem à abordagem de black metal bruto à velocidade da luz, característica dos Dark Funeral – até porque este tipo de som não é seu exclusivo – o problema acaba por ser a duração das suas músicas. Existem alguns momentos com dinâmica, em que temos alguma variação de tempos, como nos temas “I Am The Gateway” e “The Witchfires Of Tubal-Qayin” mas a questão é que este álbum é enorme para ter uma abordagem tão uptempo. A palavra certa é mesmo “demasiado”. Demasiado tudo. E o que o safa é mesmo a abordagem ser tradicional, porque se apresentassem os trejeitos à lá Deathspell Omega dos primeiros álbuns, aí é que seria insuportável.
Um grande álbum não se mede só pela qualidade das suas músicas, pelo o seu alinhamento, mas também na forma como se percebe que o mesmo funciona como um todo e neste caso, setenta e um minutos de black metal, mesmo com alguns pormenores ambientais e algumas (poucas) dinâmicas é demasiado para que se consiga apreciar da forma como as músicas aqui merecem. Não bastará ouvir o álbum muitas vezes, porque quantas mais audições se dedicam a ele, mais se chega à conclusão de que antes de ser um grande álbum é um álbum grande. Demasiado grande.
Nota: 6.5/10
Review por Fernando Ferreira