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Sonata Arctica - "Ecliptica - Revisited [15th Anniversary Edition]" Review


Regravações, here we go. Este é um assunto que vai sempre gerar polémica. Se por um lado se justifica como forma de revisitar composições que por algum motivo, por questões de produção, não ficaram de acordo com as expectativas dos músicos e fãs, por outro, quando a regravação não oferece verdadeiras alternativas em relação aquilo que já está feito, fica-se sem saber porque raio esteve a banda e os ouvintes a perder tempo com tal tarefa - eles de regravar e nós de ouvir. No mesmo ano em que a banda lançou um álbum de originais que foi mais morno do que se desejaria, fica-se curioso sobre a real motivação pelo lançamento deste trabalho.

Este álbum marcou o início de uma carreira onde o seu principal fulgor esteve nos seus primeiros trabalhos, que coincidência ou não, também foi o momento em que o power metal estava em alta. Surgindo com um forte a Stratovarius, a banda conseguiu marcar pontos quando os seus conterrâneos estavam a acusar o poder e responsabilidade do sucesso. Com algumas mudanças de formação e com alguns álbuns mais fracos, a banda sobreviveu e continua a dar cartas no que diz respeito ao power metal europeu, ainda mais que aqueles de quem foram acusados de serem cópias e assim chegamos a esta regravação que não acrescenta rigorosamente nada ao original, nem mesmo a justifica. Ok, o som é mais poderoso, mas se foi essa apenas a razão, então parece muito pouco a não ser que houvesse problemas financeiros esta fosse uma boa forma de poder fazer mais uma tour, vender mais uns discos sem ter propriamente que compor e gravar um novo trabalho.

Os fãs vão consumir isto sem olhar, nem cheirar, afinal são fãs e é dirigido a eles este tipo de coisas, mas parece um pouco exploração. Isto para dizer que em termos puramente musicais, este "Ecliptica" tal como o "Ecliptica" de quinze anos atrás, é um bom álbum de power metal, apoiado nas regras que os Stratovarius criaram (que por si só já tinham sido algo baseadas nas regras criadas pelos Helloween), mas que não tem defeitos que se possam apontar. Como sempre, o Japão tem direito a duas faixas bónus, na figura da cover dos Genesis com a "I Can't Dance" (que conhecendo como a banda transforma covers, esta não deixa de ser uma espécie de desilusão) e  a "I'm Haunted", uma cover deles próprios quando ainda se chamavam Tricky Beans e tocavam rock/pop - curiosamente é uma faixa cheia de power.


Nota: 6.5/10

Review por Fernando Ferreira