Pouco tempo do EP inaugural da sua discografia, os Riwen estão de volta para o seu álbum de estreia. Para quem não os conhece, basta dizer que trata-se da banda de Johannes Persson, vocalista dos Cult Of Luna. E depois de mencionar este nome, é inevitável que se sinta alguma desilusão mas é importante salientar que os Riwen são uma entidade totalmente diferente. Bem mais directos, bem mais apoiados no hardcore, as curtas descargas que os primeiros temas evidenciam, “Crucifx”, “The Blackest Blood” e “Orcus”, são um bom exemplo do peso e da diversidade com que a banda sueca oferece ao seu ouvinte.
Dizer apenas que “The Cold” consiste num álbum de hardcore que leva tudo à frente seria simplista demasiado, já que existem aqui muitas nuances e muitas sombras que dão a profundidade necessária para que este álbum se distinga no meio de tantos outros. Pegando numa série de referências de hardcore clássico, dotando-as com uma identidade própria, uma produção poderosa e mesmo assim, ainda ter espaço para alguns pormenores que fazem toda a diferença, este é um trabalho que apesar de parecer destinar-se apenas aos aficionados do hardcore, conseguirá agradar a uma maior secção dos apreciadores de música pesada. Que o diga a melodia macabra do interlúdio “Daymares”.
Não é por se ter um álbum mais directo que não podemos dizer que não existe uma maior maturidade por parte dos seus músicos. Presenciamos exactamente o contrário por aqui. “The Cold” é bruto, é enigmático, provocante e impossibilita a diferença. No entanto, e apesar disto tudo, ainda demora algum tempo a entrar, mas depois que efectivamente entra, é garantido que permanece por algum bom tempo. Aquela “Dödens Källa” então atinge novos patamares de brutidão obscura. Recomendado para quem gosta de intensidade a rodos.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
Dizer apenas que “The Cold” consiste num álbum de hardcore que leva tudo à frente seria simplista demasiado, já que existem aqui muitas nuances e muitas sombras que dão a profundidade necessária para que este álbum se distinga no meio de tantos outros. Pegando numa série de referências de hardcore clássico, dotando-as com uma identidade própria, uma produção poderosa e mesmo assim, ainda ter espaço para alguns pormenores que fazem toda a diferença, este é um trabalho que apesar de parecer destinar-se apenas aos aficionados do hardcore, conseguirá agradar a uma maior secção dos apreciadores de música pesada. Que o diga a melodia macabra do interlúdio “Daymares”.
Não é por se ter um álbum mais directo que não podemos dizer que não existe uma maior maturidade por parte dos seus músicos. Presenciamos exactamente o contrário por aqui. “The Cold” é bruto, é enigmático, provocante e impossibilita a diferença. No entanto, e apesar disto tudo, ainda demora algum tempo a entrar, mas depois que efectivamente entra, é garantido que permanece por algum bom tempo. Aquela “Dödens Källa” então atinge novos patamares de brutidão obscura. Recomendado para quem gosta de intensidade a rodos.
Nota: 7.5/10
Review por Fernando Ferreira
