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Jackson Firebird - "Shake The Breakdown" Review


Já há algum tempo não se ouvia um álbum tão estranho como este, principalmente, quando analisado parcialmente, até é bastante banal. Como diria o Jack, O Estripador, vamos por partes. Com “Mohawk Bang!” que inicia o álbum temos uma espécie de refugo de nu-metal que até não é do pior que já ouvimos. Tem groove, tem atitude e consegue cativar mesmo que soe a restos requentados da década passada. Nós gostamos da nostalgia, mesmo que seja aquela com a qual não perdermos muito tempo. Ao segundo tema, a banda já apresenta algo diferente. Um pouco na onda, ainda do nu-metal, mas já mais próximo do rock alternativo, uma espécie de mistura entre Queens Of the Stone Age e Marilyn Manson.

É a partir da terceira malha “New Wave” que as coisas ficam mesmo interessantes, com um forte feeling rock, cheio de raça e groove que mete a mexer até mesmo aquele que já faleceu décadas atrás. Essa toada, que dura praticamente a secção do meio do álbum, é sem dúvida a melhor e a que dá mais gozo. Os temas em questão são “High Love”, “Sin For Your Lovin’”, a grande versão dos Queen “Fat Bottomed Girls” que assenta como uma luva aqui a meio do disco, a energética “Devil’s Door” e uma competente “Voodoo”. Na “Headache Mantra” a coisa descamba outra vez, onde parece que temos algo saído da sala de ensaios dos P.O.D.. Esse é um groove que volta de uma maneira melhorada no tema título que encerra o álbum, sem antes de ter dois temas que já acusam o cansaço do álbum.

A opinião do ouvinte poderá mudar quando tiver a percepção ou informação de que se trata de um duo formado por um vocalista guitarrista e um baterista vocalista, já que em muitos dos temas parece que se tem uma banda “completa”. Ainda assim, os desequilíbrios deste segundo trabalho são bem visíveis. Se a banda optasse por uma abordagem mais consistente que é aquela onde verdadeiramente brilham, como indicado atrás, o resultado deste álbum seria muito superior aquilo que temos aqui, mas mesmo assim, onde a banda brilha, brilha definitivamente, o que faz com que este trabalho seja um bom indicador de todo o potencial que a banda tem para atingir.


Nota: 7/10

Review por Fernando Ferreira