IIVII poderá ser um nome impronunciável, mas até que tem um visual catita, atingido através da simplicidade que os fãs de arte ASCII apreciarão definitivamente. No entanto, o que nos traz realmente aqui é a música. IIVII é o mais recente projecto de Josh Graham, artista que os fãs de Neurosis e Vattnet Viskar conhecerão pelo seu trabalho gráfico e que os mais atentos reconhecerão pelo participação musical em bandas como os A Storm Of Light e os Red Sparowes. Esta nova entidade insere-se no estilo dark ambiente e logo com o primeiro tema, épico, de abertura, “Signals From Home” fica-se esmagado com o seu poderio.
Atenção.
Ficar esmagado com o poderio não significa propriamente ritmos demolidores, guitarradas a rasgar comandadas por voz gutural e acompanhadas por um baixo virtuoso. O poder que surge deste tema – e já agora de todo o restante álbum – é do ambiente que provoca, aquele que pega em nós e leva para outras paragens. Neste caso, se “Colony” surgisse como banda sonora de um filme de ficção científica com pretensões intelectuais ou existencialistas. Como se fosse um primo mais contido do trabalho de Daft Punk para a banda sonora da sequela de Tron, uma das maiores banda-sonoras alguma vez feitas.
Intenso, melódico, profundo, “Colony” é um álbum para mergulhar profundamente sem ter receio de pressão atmosférica ou de faltar o ar. Ele vai faltar, e vai-se sentir desconforto, e até alguma, leve, sensação de claustrofobia, mas não será que coloque em causa a nossa vida. Na verdade até poderá servir de catalisador para estados diferentes de percepção. Não quer isto dizer que se trata de música ideal para meditar. O sentimento de desconforto poderá ser impeditivo para tal, mas não o é para embarcar em viagens que até nos poderão a levar fora do corpo. É um trabalho surpreendente que poderá sofrer dos mesmos males dos demais trabalhos de dark wave/ambiente – colocar o ouvinte em coma – mas para quem aprecia, está aqui uma grande estreia.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
Atenção.
Ficar esmagado com o poderio não significa propriamente ritmos demolidores, guitarradas a rasgar comandadas por voz gutural e acompanhadas por um baixo virtuoso. O poder que surge deste tema – e já agora de todo o restante álbum – é do ambiente que provoca, aquele que pega em nós e leva para outras paragens. Neste caso, se “Colony” surgisse como banda sonora de um filme de ficção científica com pretensões intelectuais ou existencialistas. Como se fosse um primo mais contido do trabalho de Daft Punk para a banda sonora da sequela de Tron, uma das maiores banda-sonoras alguma vez feitas.
Intenso, melódico, profundo, “Colony” é um álbum para mergulhar profundamente sem ter receio de pressão atmosférica ou de faltar o ar. Ele vai faltar, e vai-se sentir desconforto, e até alguma, leve, sensação de claustrofobia, mas não será que coloque em causa a nossa vida. Na verdade até poderá servir de catalisador para estados diferentes de percepção. Não quer isto dizer que se trata de música ideal para meditar. O sentimento de desconforto poderá ser impeditivo para tal, mas não o é para embarcar em viagens que até nos poderão a levar fora do corpo. É um trabalho surpreendente que poderá sofrer dos mesmos males dos demais trabalhos de dark wave/ambiente – colocar o ouvinte em coma – mas para quem aprecia, está aqui uma grande estreia.
Nota: 8/10
Review por Fernando Ferreira
