Mais uma banda nova (mais ou menos) a provar que o doom metal pulsa de vida – o que até parece ser um paradoxo, o estilo musical que prima pela letargia pulsar de vida. Os Hooded Eagle chegam-nos dos E.U.A. e após alguns lançamentos (demos e EP), chegam ao aguardado álbum de estreia. O estilo é o doom na sua vertente mais monolítica e letárgica – quase funeral mas um pouco mais diverso que isso, o que acaba por ser a sua grande arma. Um tema enorme como “I Have Dreams…” consegue cativar pelo seu peso e pelo seu ambiente sorumbático e ainda assim acrescentar algumas melodias que resultam de forma perfeita.
A força de “Nightscapes From The Abyssal Plane” não está no entanto na forma como as músicas individualmente resultam e sim em como todas fazem um conjunto fortíssimo e se conjugam e completam umas às outras. Por exemplo, e apenas para enumerar um, após a já mencionada “I Have Dreams…” temos um interlúdio instrumental, “Of Cosmic Horror” que é de excelente qualidade, um complemento da faixa anterior e que abre o terreno para a próxima, a intensa e desagradável “The Path Of Eternal Sorrow”.
Atrás dissemos que o doom dos Hooded Eagle era dinâmico e essa é realmente uma boa descrição. Uma primeira abordagem poderá notar uns toques aqui e ali de pós-metal, principalmente pela forma como Bobby Blackheart berra, mas depois os leads de guitarra dos temas, as melodias e os próprios riffs são do mais clássico que há. A música não é estanque, ou pelo menos não o deveria ser e o doom muito menos. Pelo menos para seu próprio bem. Felizmente não é o que temos aqui. Para quem julga que o funeral doom é uma seca descomunal, sem ponta por onde se lhe pegue, tem aqui uma excelente alternativa.
Nota: 8.6/10
Review por Fernando Ferreira
A força de “Nightscapes From The Abyssal Plane” não está no entanto na forma como as músicas individualmente resultam e sim em como todas fazem um conjunto fortíssimo e se conjugam e completam umas às outras. Por exemplo, e apenas para enumerar um, após a já mencionada “I Have Dreams…” temos um interlúdio instrumental, “Of Cosmic Horror” que é de excelente qualidade, um complemento da faixa anterior e que abre o terreno para a próxima, a intensa e desagradável “The Path Of Eternal Sorrow”.
Atrás dissemos que o doom dos Hooded Eagle era dinâmico e essa é realmente uma boa descrição. Uma primeira abordagem poderá notar uns toques aqui e ali de pós-metal, principalmente pela forma como Bobby Blackheart berra, mas depois os leads de guitarra dos temas, as melodias e os próprios riffs são do mais clássico que há. A música não é estanque, ou pelo menos não o deveria ser e o doom muito menos. Pelo menos para seu próprio bem. Felizmente não é o que temos aqui. Para quem julga que o funeral doom é uma seca descomunal, sem ponta por onde se lhe pegue, tem aqui uma excelente alternativa.
Nota: 8.6/10
Review por Fernando Ferreira
