Álbuns de estreia são sempre engraçados pela sua variedade. Ou nos passam completamente despercebidos, ou os amamos ou os odiamos. No caso dos australianos Inverloch (já aqui tínhamos dito qualquer coisa em relação à Austrália ser o novo Canadá, não já?) apontamos para o amor incondicional. A banda tem neste “Distance | Collapsed” um colosso de doom metal que por vezes anda por aí a roçar muito levemente o funeral, no entanto, é caso para dizer, não interessa o que é, soa bem.
Temos que dizer que os Inverloch fazem batota. Não que fiquemos particularmente ofendidos com isso, mas têm uma vantagem (bem grande) em relação às novas bandas. Isto porque é um projecto que nasceu das cinzas dos d.USK que por sua vez não era mais que algo para homenagear os Disembowelment e Trial Of Bow, duas entidades que partilhavam membros com os d.USK. Tendo em conta que os Disembowelment foram uma das grandes bandas de doom metal cavernoso que alguma vez existiu, podemos dizer que os Inverloch têm um avanço considerável perante a concorrência.
Composto apenas por cinco faixas, temos aqui um poderio sonoro que nos faz arrepiar de frio e querer voltar ao ventre da nossa mãe. A imagem da posição fetal também não é por acaso, nem desprovida de sentido. É um trabalho intenso, desolador, dinâmico (sim estamos a falar de doom) e com uma potência inagualável, indicado não só para os fãs dos Disembowelment, mas também para todos aqueles que não conseguem ficar indiferentes ao doom/death com uns toques aqui e ali de funeral doom. A receita para a miséria em forma musical, mesmo da maneira como gostamos.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
Temos que dizer que os Inverloch fazem batota. Não que fiquemos particularmente ofendidos com isso, mas têm uma vantagem (bem grande) em relação às novas bandas. Isto porque é um projecto que nasceu das cinzas dos d.USK que por sua vez não era mais que algo para homenagear os Disembowelment e Trial Of Bow, duas entidades que partilhavam membros com os d.USK. Tendo em conta que os Disembowelment foram uma das grandes bandas de doom metal cavernoso que alguma vez existiu, podemos dizer que os Inverloch têm um avanço considerável perante a concorrência.
Composto apenas por cinco faixas, temos aqui um poderio sonoro que nos faz arrepiar de frio e querer voltar ao ventre da nossa mãe. A imagem da posição fetal também não é por acaso, nem desprovida de sentido. É um trabalho intenso, desolador, dinâmico (sim estamos a falar de doom) e com uma potência inagualável, indicado não só para os fãs dos Disembowelment, mas também para todos aqueles que não conseguem ficar indiferentes ao doom/death com uns toques aqui e ali de funeral doom. A receita para a miséria em forma musical, mesmo da maneira como gostamos.
Nota: 9/10
Review por Fernando Ferreira
